A Cultura e os 50 tons da Economia

Por Silvia Blumberg

A Cultura e os 50 tons da Economia

Nestes tempos de crise climática, inúmeros crimes ambientais estão acontecendo , tais como: queimadas, plásticos nos rios e mares e tantos outros fenômenos que comprometem a nossa vida na terra desafiando os criativos e pensadores. 

A ONU preocupada com as desigualdades criou os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis, como proposta para o mundo repensar seu consumo, sua distribuição de renda e na sustentabilidade do planeta para cumprir tais objetivos.

Em paralelo as novas economias ganham cores de modo que sejam compreendidas e que facilitem a interação das cores e de seus significados no “Economiquês”. 

Na última semana participei da aula magna de Gunter Pauli sobre a Economia Azul. Gunter criou o termo em 2009 para se referir sobre o mar e todo seu potencial de facilitar a sobrevivência humana. 
Tenho me debruçado no tema para coordenar o Grupo de Trabalho de Turismo e Cultura da Comissão de Desenvolvimento e Economia do Mar. 

Percebo que é estratégico incluirmos a Economia Criativa neste grupo para atingirmos os objetivos de políticas públicas que precisam se integrar e convergir para que possamos aproveitar todo o potencial das paletas de cores que nos dias atuais crescem através dos desafios de minimizarmos as desigualdades sempre racionalizando recursos naturais,priorizando os recursos renováveis e ainda trabalhando para minimizar os impactos poluentes do solo, águas, água e ar.

Por ser também da área das artes e ter sempre como amigos e incentivadores e parceiros nomes como: 
Lindalia Junqueira ( fundadora do Hacking Rio) e Renato Regazzi ( Assessor Diretoria SEBRAE) observo toda movimentação que vem acontecendo desde inovação, pesquisas, ciências, tecnologia, startups e os investimentos governamentais que nossa Secretaria do Ambiente , representados por Thiago Pampolha e Ana Asti estão fazendo nas áreas de saneamento e proteção de nossas águas e assim estou “pintando” um quadro com inúmeras paletas de cores, pois acredito que todas as cores da Economia precisam convergir para atingirmos o bem comum e proteção de bens naturais para as próximas gerações.

A Economia Azul está revolucionando a visão que tínhamos sobre o mar, e estamos todos buscando observar seus recursos e sua proteção de frente. 

O visionário Gunter Pauli através de sua criatividade e determinação de desenvolver projetos Glocais 
( “um conceito proveniente do lema “think global, act local” e é formado ao mesmo tempo, pelo local e global”) nos apresenta em seus relatos e de seu novo livro traduzido para português “

A Economia Azul 5.0 “, o qual traz na capa: “Como a Harmonia entre Ciência e empreendedorismo serve ao bem comum” , tese que é consenso e praticada por muitos brasileiros, e que exibe implementação em investimentos e em políticas públicas. 

Desejar o bem comum é um comportamento cultural que deve ser praticado e expandido por todos e todas aqueles que desejam transformações sociais para a sociedade.

Pensando sobre a interação das cores e da Economia, penso que não se pode isolar nenhuma Economia, pois todas elas formam um sistema que exigem diálogos e articulações para alcançarmos nossas metas e objetivos.

A Economia Laranja por exemplo:
“A cor e o nome “Economia Laranja” representam criatividade, habilidade, cultura e inovação. O termo foi citado pela primeira vez no livro The Creative Economy: How People Make Money from Ideas, do economista John Howkins.

Segundo o autor, a Economia Laranja, ou Economia Criativa, refere-se a tudo que é desenvolvido através da criatividade e inspiração das pessoas e se torna um bem ou serviço. Ela abrange uma série de áreas, como: arquitetura, artesanato, design, mídia, moda, música, serviços criativos, plataformas digitais, dentre outras” 
fonte: https://www.previbayer.com.br/educacao-financeira-e-previdenciaria/financas-pessoais/economia-laranja/#:~:text=O%20termo%20foi%20citado%20pela,torna%20um%20bem%20ou%20servi%C3%A7o.
Os governos que desejarem ser bem sucedidos vão precisar estabelecer políticas públicas de incentivo a esta economia, pois ela pode ser a grande ponte de dinamização de todas as demais. 

A Economia Laranja está presente em todas paletas das demais economias! 

Que venham inúmeras outras cores e símbolos que nos tragam ferramentas e alternativas para ampliar oportunidades, de ajustar a Educação / capacitação com as demandas e que proporcionem bem comum e prosperidade para nosso estado e para todo planeta!

Por Jornal da República em 27/11/2023
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