A igualdade de gênero nas empresas/Equiparação do salário/Assédio

Sobre igualdade de gênero nas empresas, o que não faltam são dados comprovando que ainda existe um grande caminho a percorrer

A igualdade de gênero nas empresas/Equiparação do salário/Assédio

Cerca de 100 anos – esse é o tempo que vai levar para que o salário das mulheres seja equiparado ao dos homens em cargos iguais dentro das empresas. A constatação é da Organização Internacional do Trabalho, no relatório “Mulheres, Empregos e o Direito 2018”, do Banco Mundial, indicava que, naquele ano, 43% da força de trabalho do Brasil era constituída por mulheres, que compõem 50% da população brasileira, porém, com um ponto negativo: a média salarial das mulheres ficava 25% abaixo da dos homens. 

Sobre igualdade de gênero nas empresas, o que não faltam são dados comprovando que ainda existe um grande caminho a percorrer, independente dos avanços já conquistados, surgidos, principalmente, a partir de movimentos sociais globais em prol do empoderamento feminino. Além do mais, cresce assustadoramente o número de mulheres assediadas no ambiente de trabalho. 

O coletivo Olg, think tank dedicado a discutir questões de feminilidade, divulgou os resultados de pesquisa inédita sobre assédio sexual em espaços públicos. Entre agosto e setembro, 7762 mulheres participaram do “Chega de fiu-fiu” e os resultados impressionam: 99,6% afirmam que já foram assediadas em espaços públicos. Elas já tiveram de ouvir, entre outros, cantadas como “linda” (84% das participantes), “gostosa” (83%), “delícia” (78%) etc. 

O assédio moral é outra forma de agressão também bastante comum no ambiente de trabalho. Ela se esconde em atitudes do dia a dia e, muitas vezes, quase não é percebida pelos colegas. 

Uma pesquisa da consultoria McKinsey & Company mostra que empresas com mulheres em cargos de liderança têm chances 21% maiores de ter desempenho financeiro acima da média. Os cálculos da consultoria ainda vão além, pois comprovam que a maior participação feminina no mercado de trabalho e em cargos diretivos tem o potencial de injetar cerca de US$ 12 trilhões no PIB global até 2025. No Brasil, o incremento seria de cerca de US$ 410 bilhões. 

Foto: Reprodução.

Por Jornal da República em 23/03/2021
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