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Políticos, apenas
Não é de hoje que a animosidade entre os dois presidentes, da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é bastante perceptível. Um olhar atravessado aqui; uma declaração diferente ali; e os dois vão duelando "silenciosamente" e com as armas que têm. O novo embate, agora, é a minirreforma eleitoral.
Aqui, não!
Os dois dirigentes políticos estão em Nova York participando de eventos pré-Assembleia-Geral da ONU, mas Pacheco antes de viajar declarou que no Senado, o projeto de lei 4438/2023, que trata da mudanças de regras na legislação eleitoral, não vai tramitar de forma acelerada. O projeto foi aprovado na semana passada na Câmara dos Deputados debaixo de críticas tenazes sobre retrocessos na lei, mas que não "envergonharam" a maioria que votou sim. Para que seja válida nas eleições municipais do próximo ano, as mudanças têm que estar aprovadas, sancionadas e publicadas no Diário Oficial da União até dia 6 de outubro. Será se vai dar tempo?
'No Senado, não cola'
Assim, curto e direto se manifestou o senador Renan Calheiros (MDB-AL) sobre o projeto da minirreforma eleitoral gestado na Câmara dos Deputados sobre a condução de seu arqui-inimigo político, Arthur Lira. Segundo Calheiros, a tramitação naquela casa vai ser "sem ligeireza ou sofreguidão". Na sua opinião, esta proposta se traduz em impunidade e desigualdade política.
Parece que agora vai
Se nada mudar daqui pra quarta-feira, 20, o tão desejado encontro presencial entre os presidentes Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, e Lula, do Brasil, vai acontecer, à tarde, em Nova York, após a abertura da reunião da Assembleia-Geral da ONU. Zelensky conseguiu uma hora na agenda de Lula e os dois devem conversar sobre o conflito bélico entre Ucrânia e Rússia, que já dura 1 ano e 7 meses.
Expectativa
Nos Estados Unidos desde o fim de semana, o presidente Lula está com uma agenda cheia, com encontros e reuniões com líderes de vários países. Paralelo a isso, revisa e se prepara para o discurso de abertura da Assembleia-Geral da ONU, que já faz parte do rito desta cúpula. Lula deve focar na crise climática e na desigualdade social mundial, além do modo de governança global, que deve ser revisto.
Sem surpresas
A CPI do MST deve chegar ao fim na próxima quinta-feira, 21, com a entrega do relatório final do deputado federal Ricardo Salles (PL-SP). A investigação, que nasceu como um trunfo da oposição bolsonarista contra o governo Lula, termina quase sem palco e sem nenhum diferencial em relação às anteriores que abordaram a mesma pauta. Segundo O Globo, Salles deve pedir indiciamento, em seu relatório, do ex-ministro do GSI, general Gonçalves Dias; o ativista José Rainha; o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA); e o diretor-superintendente do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas, Jaime Silva.
Pauta polêmica
Depois de uma semana bem tensa e intensa por conta do início do julgamento dos primeiros réus dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, a corte do Supremo Tribunal Federal já se prepara para mais um julgamento denso: o que defende a tese do marco temporal das terras indígenas. Com placar de 4 a 2 contra a tese jurídica, os ministros voltam a apreciar a ação na próxima quarta-feira, 20.
Pressão
A equipe econômica do governo já está na expectativa da reunião do Copom, que acontece depois de amanhã e sobre o que vai sair de lá em relação à taxa básica de juros, a Selic. Há uma expectativa do mercado de que ela possa ser reduzida em meio ponto percentual. Hoje está em 13,25%.
Maré ruim
Em menos de três dias o partido Solidariedade expulsou dois filiados por terem uma conduta nada republicana. O primeiro foi o advogado Hery Waldir Junior, que ganhou "fama momentânea" ao confundir as obras "O Príncipe", de Nicolau Maquiavel, com "O Pequeno Príncipe", de Antoine de Saint-Exupéry, por suas duras críticas e ofensas aos ministros do STF, durante julgamento de réus do 8 de janeiro. O segundo, foi o prefeito de Barra do Piraí, no Rio de Janeiro, após divulgar vídeo em que defende castração de meninas para o controle da natalidade.
Vai ter que escolher
Em exatas duas semanas, a presidente do STF, ministra Rosa Weber, se despede do cargo e da instituição onde esteve por quase 12 anos, com a sua aposentadoria compulsória. Com a proximidade da data, aumenta nos bastidores a corrida e a cobiça por esta vaga tão atraente. O mesmo está acontecendo na sucessão da Procuradoria-Geral da República (PGR), com o término da gestão de Augusto Aras. Em ambos os casos, a palavra final será do presidente Lula, embora os escolhidos tenham que passar por sabatina no Senado.
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