Ale Monteiro: Um Ícone de Superação e Orgulho LGBTQI+

Ale Monteiro: Um Ícone de Superação e Orgulho LGBTQI+

Ale Monteiro é um exemplo de superação e resistência na comunidade LGBTQI+. Conhecido como o “queridinho dos famosos”, Ale já trabalhou ao lado de grandes nomes do Brasil e do mundo, sempre se destacando pela sua atenção aos detalhes e dedicação ao trabalho. No mês do orgulho LGBTQI+, sua história de luta contra o preconceito e sua busca por respeito ganham ainda mais relevância.

Ale enfrentou preconceito na escola, onde foi vítima de atitudes discriminatórias por parte de professores despreparados. No entanto, encontrou apoio dentro de casa, onde foi criado para acreditar que a excelência é a melhor forma de combater o preconceito. “Crescer numa sociedade homofóbica faz com que tenhamos cada vez mais medo”, explicou Ale. “Mas dentro de casa, fui ensinado a lutar pela excelência.”

Ao longo de sua carreira, Ale percebeu a importância de compreender e respeitar os direitos humanos. Ele conta que inicialmente não entendia a necessidade de celebrar o mês do orgulho LGBTQI+, mas hoje vê essa data como uma oportunidade crucial para promover a igualdade e o respeito. “Por muito tempo, eu não entendia e até mesmo critiquei. Depois de muito esclarecimento, percebi que, quando se trata de direitos, não devemos questionar. Quando se trata de gosto, não precisamos tolerar, mas respeitar. Não quero tolerância, quero respeito. Não quero leis que nos defendam, quero uma sociedade consciente de que estamos ocupando o mesmo espaço e temos os mesmos direitos.”

Celebrar o mês do orgulho LGBTQI+ é, para Ale, uma forma de honrar a resistência e a luta da comunidade. “Sou um gay orgulhoso. Celebrar esse dia é mostrar que somos símbolo de resistência ao longo dos anos. Foi muita luta até chegar aqui, e não vamos parar”, afirmou.

Durante três décadas, Ale permaneceu em silêncio, reprimido pela falta de referências positivas e pela imposição de comportamentos que não condiziam com sua identidade. “Você cresce sem referências, somente aquelas ridicularizadas e estereotipadas. Então você cresce ouvindo: não fala assim, não senta assim, não dança assim, não brinca com isso, não usa isso… até que tiram tudo de você. Eu fiquei calado por 30 anos, na verdade, eu nem sabia que podia. Hoje estou no meu processo de me devolver. Estou devolvendo para mim tudo o que me foi tirado”, disse Ale com entusiasmo.

Ale também compartilha sua visão sobre a representatividade LGBTQI+ nas novelas e filmes, destacando a necessidade de mais visibilidade e papéis significativos para a comunidade. “Embora tenhamos visto alguns avanços na representatividade LGBTQI+ na mídia, ainda não é o suficiente. Muitas vezes, os personagens LGBTQI+ são estereotipados ou relegados a papéis secundários. Precisamos de mais histórias que reflitam nossas vidas de maneira autêntica e complexa. A representatividade na mídia não é apenas sobre inclusão, mas sobre proporcionar referências positivas para as futuras gerações”, enfatizou Ale.

Neste mês do orgulho LGBTQI+, a história de Ale Monteiro nos lembra da importância de lutar por uma sociedade mais justa e igualitária, onde todos possam viver com dignidade e respeito. Celebrar essa data é essencial para reconhecer as conquistas e continuar a batalha pela igualdade de direitos.

Por Coluna João Costa em 31/05/2024
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