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A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, veio a público pela primeira vez nesta sexta-feira (6), para comentar as denúncias de assédio sexual que envolvem o agora ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. Anielle, que seria uma das vítimas de Almeida, utilizou suas redes sociais para agradecer ao presidente Lula e repudiar qualquer tentativa de culpabilizar as vítimas.
Em seu pronunciamento, Anielle destacou os desafios que enfrentou como mulher negra no acesso e permanência em espaços de poder. Desde 2018, ela se dedica a causas que visam um país mais justo e menos desigual. A ministra enfatizou que episódios de violência não devem ser relativizados e elogiou a ação rápida do presidente Lula no caso.
Ministra da Igualdade Racial se pronuncia
Anielle Franco, além de relatar sua experiência pessoal, fez um apelo para que sua privacidade seja respeitada. Ela reiterou seu compromisso em colaborar com as investigações sempre que necessário, reafirmando seu compromisso com um Brasil seguro para todas as pessoas. O enfrentamento à violência de gênero é, segundo ela, um compromisso permanente deste governo.
A ministra Franco, mãe de meninas e filha, ressaltou a importância de ações imediatas quando lidamos com práticas violentas, e agradeceu a todas as manifestações de apoio que tem recebido desde a divulgação das denúncias. Ela também condenou tentativas de desqualificar ou constranger as vítimas.
O que levou à demissão de Silvio Almeida?
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu demitir Silvio Almeida logo após as denúncias serem divulgadas pelo portal Metrópoles na quinta-feira (5). O ex-ministro foi acusado de comportamento inapropriado que incluía toques e beijos não consentidos, além de comentários de cunho sexual.
Em nota, o Palácio do Planalto afirmou que a decisão foi tomada considerando a natureza das acusações e a gravidade das denúncias. Lula demitiu Almeida após uma conversa franca, destacando que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada em seu governo.
Silvio Almeida negou todas as acusações, alegando que as mesmas visam prejudicar sua imagem. Ele se pronunciou dizendo que as acusações são infundadas e que repudia tais alegações. Almeida afirmou ainda que encaminhou ofícios para diversas instituições, como a Procuradoria-Geral da República e a Controladoria-Geral da União, para que o caso seja devidamente investigado.
Silvio Almeida revelou sua indignação publicamente, mencionando sua filha de 1 ano e sua esposa como parte de sua defesa emocional. Ele destacou que seu trabalho sempre foi pautado pelo respeito e pelos direitos humanos.
Diante da gravidade das denúncias, a Secretaria de Comunicação da Presidência indicou que Silvio Almeida foi convocado a prestar esclarecimentos aos principais órgãos de controle do governo federal. Além disso, a Comissão de Ética da Presidência da República decidiu, de ofício, abrir uma apuração sobre o caso.
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