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No sábado, o sacerdote foi o convidado para Roda de Conversa - Café Político, organizado por APNs - Agentes de Pastoral Negros. O encontro reuniu professores, editores literários, movimento negro e lideranças locais, no CIEP 155 / Maria Joaquina de Oliveira, no Centro de Seropédica. A conversa girou em torno da consciência política em tempos atuais e da necessidade em compor quadros atuantes.
Segundo Darci da Penha - Pres. do Conselho da Mulher de Seropédica e Conselho da Igualdade Racial de Seropédica - "Pra nós, agente pastoral negro e militante do movimento negro, esse encontro representa um início de um trabalho de formação de conscientização, já de uma escolha e uma direção política", pontuou Darci.
"Essas bases são importantes, fico muito feliz em participar de movimentos, onde a democracia ganha corpo, legítima propostas ", atestou o Prof. Ivanir dos Santos.
No fim da tarde, participou na Tijuca, do "Ato Justiça por Tiago".
O caso ganhou notoriedade na semana passada, Tiago Marques de Oliveira, de 28 anos, foi preso e acusado de ter trocado tiros com PMs no Salgueiro. “Fui tratado como cachorro'', diz o estoquista solto dias depois da prisão. A Justiça não viu indícios de que ele fazia parte do tráfico de concedeu alvará de soltura, ocorrida na tarde de quinta-feira (dia 5).
A concentração foi no ponto do moto taxi, na Saens Peña. O pai de Tiago agradeceu a ajuda que recebeu, mas alertou. "Estamos no início da luta, temos que provar a inocência do meu filho, ainda temos muito o que fazer", declarou Ronaldo Oliveira.
Ainda aturdido e visivelmente abatido, mas sereno em sua fala, o jovem declarou que ainda não entendeu como tudo aconteceu e declarou "Vamos continuar lutando, continuar batalhando, tive sorte em ter minha família ao meu lado, junto de mim, lutando por minha inocência, muitos não tem isso", disse emocionado.
Para Walter da Conceição Rodrigues - Presidente da Associação de Moradores do Salgueiro, garante que a covardia que aconteceu no Salgueiro, vem se repetindo em várias favelas do Rio. "É uma política de segurança do atual governo onde os policiais entram na comunidade, se escondem nas casas de moradores, enquanto os moradores estão trabalhando, para que mais tarde possam cometer esse tipo de ato, atirar sem qualquer preocupação em ferir inocentes", disse Walter.
Para a coordenadora da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Mônica Cunha (PSOL) - "O Ato por justiça para o jovem Tiago simboliza muito, lutar por direito humanos vale a pena, tínhamos a certeza que iríamos tirar o Tiago e vamos provar sua inocência", atestou.
No ato, representantes de outro movimento que também pede por justiça - Caso Katlelen Romeu, grávida, com 24 anos, vítima de bala perdida há pouco mais de dois meses no bairro da zona norte, no Lins.
Ativista de longa data, para Ivanir dos Santos, que é Conselheiro Estratégico do CEAP / Centro de Articulações de Populações Marginalizadas. "Essa lógica de segurança tem que mudar. Na Zona Sul, quando fazem abordagem, chegam de manhã, munidos com mandado de busca e apreensão, batem na porta, tocam a campainha e ainda chamam o criminoso de Dr. Eu pergunto: Eles nos dão o mesmo tratamento?", indagou Ivanir
Munidos de cartazes, familiares, amigos e militantes, seguiram em caminhada por duas quadras, por volta das 15h30. Lideranças políticas e comunitárias marcaram presença. Como Reimont (PT), Dani Monteiro (PSOL), Tainá de Paula (PT), entre outros.
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