Bolsonaro chora mais uma vez e diz que operação foi para 'esculachar'

'Essa questão de hoje, receber a PF na sua casa, não há dúvida, que é o que eu chamei de operação para te esculachar', disse Jair Bolsonaro

Bolsonaro chora mais uma vez e diz que operação foi para 'esculachar'

Alvo central de uma operação da Polícia Federal deflagrada nesta quarta-feira (3) com o objetivo de apurar a falsificação de cartões de vacina contra a Covid-19, Jair Bolsonaro (PL) chorou mais uma vez ao afirmar que não cometeu “nenhuma fraude”. Segundo ele, a Operação Venire, que cumpriu 16 mandados de busca e apreensão e outros seis de prisão preventiva contra assessores e aliados, foi realizada com o objetivo de "esculachar".

O "recurso" de ir para algum canal de apoiadores do ex-presidente é uma velha e desgastada tática de Bolsonaro, filhos, auxiliares  e apoiadores como os machões Daniel Silveira, Roberto Jefferson e agora Tiago Brennand. O Choro forjado de Flávio Bolsonaro enxugando as lágrimas com a bandeira do Brasil é um clássico da vitimização dos bolsonaristas.

“Essa questão de hoje, receber a PF na sua casa, não há dúvida, que é o que eu chamei de operação para te esculachar. Poderiam perguntar sobre vacinação pra mim, cartão, eu responderia sem problema nenhum. Agora é uma pressão enorme, 24 horas por dia, o dia todo, desde antes de assumir a Presidência, até agora. Não sei quando isso vai acabar”, disse o ex-mandatário ao programa Pânico, veiculado pela emissora bolsonarista Jovem Pan. 

“Por que eu fico emocionado? Mexeu comigo, sem problema. Agora vai para a esposa, para a filha… é desumano”, disse mais à frente. Além do cartão de vacina de Bolsonaro, a PF investiga se os cartões da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e da filha Laura, de 12 anos, também foram fraudados. 

A Operação Venire cumpriu 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão na manhã desta quarta-feira (3), incluindo na residência de Jair Bolsonaro, em Brasília. Entre os presos estão o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, o policial militar Max Guilherme e o militar do Exército Sérgio Cordeiro, seguranças que atuaram durante o mandato de Bolsonaro e que também o acompanharam aos Estados Unidos, quando ele deixou o país dois dias antes do término do mandato. (Do Brasil247)

Por Jornal da República em 03/05/2023

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