Assine nossa newsletter e fique por dentro de tudo que rola na sua região.
Em seu voto no dia do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, retirada do governo por uma "pedala fiscal" pra lá de contestável (para dizer o mínimo), o então deputado federal Jair Bolsonaro (PP), disse que o torturador da época da ditadura militar, Carlos Brilhante Ustra, "era o pavor da presidente".
Hoje, o pavor do atual presidente aliado de Ricardo Barros, Ciro Nogueira e Arthur Lira (na foto com o presidente), todos do mesmo PP, é outro. Os dados concretos da realidade que nossa frágil democracia apresentam torturam o chefe do executivo e tornam cada vez mais difícil os malabarismos retóricos da turma da Terra Plana, da mamadeira erótica e da cloroquina.
Eleito com a bandeira do combate à corrupção, de ser incorruptível e de que em seu governo não existia um único caso de corrupção, o presidente da República, Jair Bolsonaro, esqueceu de combinar com os russos. Na verdade, com a população brasileira.
Segundo o Datafolha, para 63%, há corrupção no Ministério da Saúde; para 64%, Bolsonaro sabia da roubalheira e, para 63%, o ‘Mito’ não tem condições de governar o país. Já para 70% dos adultos entrevistados pelo instituto, há corrupção em seu governo.
São números difíceis de serem contestados mesmo levando em conta a precisão e a desconfiança das pesquisas.
O Datafolha entrevistou 2.074 pessoas com mais de 16 anos, nos dias 7 e 8 de julho. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.
Segundo o Datafolha, os grupos que mais veem corrupção na gestão são mulheres (74%), jovens (78%), moradores do Nordeste (78%) e, claro, aqueles que reprovam o governo (92%).
Pela primeira vez o número de pessoas favoráveis ao impeachment do atual mandatário supera o de quem é contra. Segundo a pesquisa, a CPI da Covid ampliou a percepção de desonestidade no governo de Jair Bolsonaro.
Rumores indicam que o áudio gravado pelo deputado Luís Miranda (DEM-DF) na conversa com o presidente da República, quando denunciou o esquema de corrupção na compra das vacinas pelo Ministério da Saúde, pode ser divulgado logo mais no Fantástico segundo boatos que circulam na capital e promete ruir ainda mais a imagem do presidente Jair Bolsonaro.
A seguir cenas dos próximos capítulos
Leia ainda: 6300 militares da ativa e da reserva em cargos civis no governo