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DA REDAÇÃO - A Prefeitura acelerou o calendário da vacinação contra a Covid-19 e prevê toda a população carioca, a partir de 12 anos, imunizada com as duas doses até o fim novembro deste ano. A 28ª edição do Boletim Epidemiológico da Covid-19, divulgada nesta sexta-feira (16/07), mostra a redução da transmissão do coronavírus no município do Rio e uma das causas desse panorama é o avanço da campanha de vacinação. Setembro, mês de conclusão da vacinação dos cariocas a partir de 12 anos com a primeira dose, também será marcado pela intensificação na busca ativa de não vacinados e repescagem de todas as idades para garantir que todos estejam protegidos.
Em live realizada na noite de quinta-feira (15/07), o prefeito Eduardo Paes e o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, já haviam divulgado mais uma aceleração do calendário, prevendo que, até 18 de agosto, todos os cariocas adultos poderão se vacinar contra a Covid-19; e, de 23 de agosto a 10 de setembro, serão convocados os adolescentes entre 12 e 17 anos. A meta da Prefeitura é imunizar pelo menos 90% da população elegível, um total de 4,7 milhões de pessoas. O Rio de Janeiro é uma das capitais que mais vacinam no mundo contra a doença e, com o novo calendário, é possível prever que até meados de novembro a população terá completado o esquema vacinal contra a doença.
– Em uma pandemia, tomar decisões oportunas é fundamental para salvar vidas. É um calendário ousado, mas é necessário trabalhar no limite, porque é o que nos faz ter resultados melhores – afirma o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
Até esta quinta-feira (15/07), 3.460.320 pessoas haviam tomado a primeira dose (D1) de CoronaVac, AstraZeneca ou Pfizer no Rio, e outras 135.128 receberam o imunizante da Janssen, que tem o esquema vacinal de dose única (DU). Esse total representa 68% da população carioca elegível para a vacinação (a partir de 18 anos) com a imunização iniciada ou concluída. Entre as pessoas que seguem o esquema vacinal de duas doses, 1.248.618 já receberam a segunda dose (D2).
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ratifica que todas as vacinas ofertadas são comprovadamente eficazes e seguras, e são oferecidas aos cidadãos de acordo com a disponibilidade de cada ponto de vacinação (PV). A população deve garantir a dose da vacina na data em que sua idade for convocada, sem preferência por fabricante no momento em que dirigir ao PV. É fundamental também que as pessoas fiquem atentas à data de retorno para a segunda dose (anotada a lápis no comprovante da D1) para garantir a eficácia da vacinação. Quem estiver com a D2 em atraso deve retornar ao local de vacinação onde tomou a D1, o quanto antes, para completar a proteção contra a covid-19.
A SMS disponibiliza 280 pontos de vacinação em toda a cidade, funcionando de segunda-feira a sábado, para facilitar o acesso da população à vacina. A lista desses pontos, seus horários de funcionamento, o calendário de vacinação e mais informações sobre grupos prioritários, documentos etc. estão disponíveis em coronavirus.rio/vacina e nas redes sociais da SMS e da Prefeitura do Rio. Neste sábado (17/07), serão vacinados homens de 37 anos, e haverá repescagem para pessoas com deficiência permanente.
Risco em queda progressiva
Na apresentação do 28º Boletim Epidemiológico, destacou-se também o mapa de risco da cidade para Covid-19. Entre as 33 regiões administrativas do município, 11 apresentam risco moderado (classificação amarela) para transmissão do coronavírus – mais que o dobro em relação à semana anterior, quando somente cinco estavam nessa cor. Esta é a terceira semana consecutiva com redução progressiva de áreas com risco alto. Atualmente apresentam risco moderado as regiões administrativas Portuária, Lagoa, Vila Isabel, Penha, Bangu, Santa Cruz, Ilha do Governador, Santa Teresa, Barra da Tijuca, Rocinha e Vigário Geral. As demais estão na classificação laranja (risco alto).
Os indicadores considerados na análise do mapa de risco da cidade são as internações e óbitos registrados semanalmente. As médias móveis desses dois dados, além dos casos confirmados e atendimentos da rede de urgência e emergência, têm apresentado tendência de queda sustentada há algumas semanas na capital.
Márcio Garcia, superintendente de Vigilância em Saúde da SMS, comenta o panorama epidemiológico da cidade:
– Houve reduções nos indicadores, mostrando coerência dos dados. Realmente temos com clareza o efeito da vacinação reduzindo casos graves e óbitos. Mostramos resultados positivos, mas a pandemia ainda não acabou.
Variante Delta
Esta semana a SMS anunciou que identificou dois casos de síndrome gripal por Covid-19 relacionados à variante Delta (B.1 617.2), após sequenciamento genômico, na cidade do Rio. São dois homens, de 27 e 30 anos, residentes dos bairros de Olaria e Paquetá, e há uma média de 20 contactantes sendo monitorados para cada infectado. A investigação epidemiológica está em curso pelas equipes da Vigilância em Saúde da SMS.
Na última semana, 48 novos casos de diferentes variantes do vírus foram identificados na cidade, sendo 37 moradores locais. Desde a identificação do primeiro caso de novas variantes, o município contabiliza 772, sendo 636 residentes. Além dos dois casos da Delta (B.1 617.2) já citados, são 622 casos da Gamma (P.1) e 12 da Alfa (B.1.1.7). Dos moradores infectados por essas cepas, 44 faleceram, 18 permanecem internados e 574 já são considerados curados. Dos não moradores do Rio infectados pelas variantes, 24 vieram de Manaus, 7 de Rondônia e 105 de outros municípios.
Independentemente da variante, as medidas preventivas são as mesmas para a população: manter o distanciamento, usar máscaras e higienizar as mãos com álcool 70 ou, quando possível, água e sabão; além das demais medidas de proteção à vida estabelecidas na Resolução Conjunta SES/SMS Nº 871 de 12/01/21, que podem ser consultadas em coronavirus.rio.
O 28º Boletim Epidemiológico mostra que, desde março de 2020, o Município do Rio soma 379.339 casos de Covid-19, com 29.361 óbitos. Em 2021 são 167.069 casos e 10.483 mortes. A taxa de letalidade deste ano está em 6,3%, contra 8,9% em 2020; e a de mortalidade, em 157,4 a cada 100 mil habitantes, contra 283,4/100 mil no ano passado. A incidência da doença é de 2.508/100 mil, quando em 2020 era de 3.186,6/100 mil.
PaqueTá Vacinada
Depois da vacinação dos adultos a partir de 18 anos residentes da Ilha de Paquetá em 20 de junho pela pesquisa PaqueTá Vacinada, uma parceria entre a SMS e a Fiocruz vacinará no dia 25 de julho os adolescentes entre 12 e 17 anos.
Diferentemente dos adultos participantes do projeto, que receberam doses de AstraZeneca, os adolescentes receberão a vacina da Pfizer, já que é o único imunizante atualmente disponível com autorização da Anvisa para aplicação nesse público. A segunda dose das vacinas, tanto para adolescentes quanto para adultos, será aplicada em 15 de agosto.
Avaliando mais de 2,3 mil exames sorológicos coletados na ilha, dados preliminares do estudo indicam que 21% das crianças e adolescentes apresentam anticorpos contra a Covid-19 por terem sido expostos ao coronavírus. Além disso, antes da primeira dose do projeto ser aplicada nos voluntários, 40% dos adultos não vacinados e 90% dos vacinados previamente à pesquisa testaram positivo para a presença desses anticorpos.
Medidas de proteção à vida
As medidas de proteção à vida estabelecidas no Decreto nº 48.912, de 27 de maio de 2021 seguem prorrogadas até 26 de julho, mantendo o nível de alerta para cada região. A fiscalização das indicações do decreto será feita pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), Guarda Municipal e Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e de Inspeção Agropecuária (IVISA-Rio) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
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