Covid: AstraZeneca,Butantan e novas variantes desafiam o combate à epidemia

A AstraZeneca informou na última quarta-feira (7), que está trabalhando com reguladores europeus e britânicos para alterar as informações sobre sua vacina contra Covid-19 após autoridades suspeitarem que possíveis coágulos de sangue no cérebro seriam um efeito colateral raro do imunizante. 

“Ambas as análises reafirmaram que a vacina oferece um alto nível de proteção contra todas as gravidades da Covid–19 e que esses benefícios continuam superando os riscos”, informou a AstraZeneca em comunicado. 

A informação do porta-voz é de que a “A AstraZeneca tem colaborado ativamente com os reguladores para implementar essas alterações nas informações do produto.”  

Variante em BH 

Pesquisadores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) anunciaram também na última quarta-feira (7) a descoberta de uma possível nova variante do coronavírus em circulação na cidade de Belo Horizonte. O anúncio foi feito após cientistas terem identificado dois novos genomas do vírus com um conjunto único de 18 mutações nunca anteriormente descritas. 

“A equipe sequenciou 85 genomas de SARS-Cov-2 de amostras clínicas coletadas da região metropolitana de Belo Horizonte e identificou dois novos genomas com uma coletânea de mutações ainda não descrita, caracterizando uma possível nova variante de SARS-CoV-2″, disse o Laboratório de Biologia Integrativa do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG em comunicado. 

AstraZeneca no EUA 

Cresce a pressão para que Washington ajude países com problemas de fornecimento de vacinas. Os EUA administram as vacinas da Pfizer, Moderna e J&J, embora disponha de milhões de doses da AstraZeneca, que ainda não foi aprovada pela FDA.  

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FDA não aprovou 

Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas e assessor de referência de Trump e Biden, estima que os EUA poderiam cobrir suas necessidades sem precisar recorrer às unidades da AstraZeneca. Por enquanto, o Governo exportará 2,5 milhões delas ao México e 1,5 milhão ao Canadá, seus vizinhos e parceiros do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta). 

Butantan suspende o fornecimento da vacina CoronaVac 

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em coletiva de imprensa na quarta-feira (7) confirmou que produção da vacina Coronavac, utilizada contra a Covid-19, (fornecida pelo laboratório chinês Sinovac), está temporariamente paralisada pelo Instituto Butantan por falta de matéria-prima. 

Segundo fonte, o Instituto ainda vai seguir com a entrega de vacinas na próxima semana, porque tem 2,5 milhões de doses já prontas aguardando o prazo do controle de qualidade. 

A produção da CoronaVac, principal imunizante utilizado pelo Brasil, na campanha de vacinação contra o coronavírus, por causa da falta de matéria-prima. 

O Instituto também informou que os prazos estabelecidos nos contratos com o Ministério da Saúde, apesar do atraso na chega de insumos, serão mantidos. O Butantan se comprometeu a entregar 46 milhões de doses até o fim de abril. Existia a possibilidade de um novo carregamento de matéria-prima - o chamado IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) – que estava previsto para chegar da China na próxima sexta-feira (9/04), porém foi postergado.  

Conteúdo ANIBRPress/ Yves Herman-Reuters/El País/Instituto Butantan/Imagem internet.