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O clima está tenso na CPI com bate-bocas entre membros do G7 e senadores que apoiam o governo que hoje estão em peso na Comissão Parlamentar de Inquérito.
No início dos questionamentos do relator Rena Calheiros (PMDB-AL), o empresário Luciano Hang negou à CPI da Covid-19 ter feito parte do “gabinete paralelo”, grupo de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na condução da crise sanitária no Brasil provocada pelo novo coronavírus. A ida de Hang ao colegiado, nesta quarta-feira (29/9), também faz parte do esforço concentrado dos senadores para apurar irregularidades que envolvem a operadora de saúde Prevent Senior.
Aos senadores, o empresário afirmou que nada deve e não fez nada de errado. “A CPI não tem provas contra mim”, assinalou. “Não conheço, não faço e nunca fiz parte do gabinete paralelo, nunca financiei esquema de fake news e não sou negacionista”, afirmou.
Hang diz que defende vacina e não é 'negacionista'
Em sua fala inicial, Luciano Hang disse que não é “negacionista” e que sempre defendeu a vacinação. O empresário afirmou ter doado 200 cilindros de oxigênio e outros insumos para pacientes no estado do Amazonas e defendido a compra de imunizantes pela iniciativa privada.
“Não sou negacionista. Nunca neguei ou duvidei da doença. Tanto que minhas ações não ficaram nó no discurso. Mandei 200 cilindros de oxigênio para Manaus, no valor de R$ 1 milhão. Respiradores, máscaras, camas, utensílios. Não sou nem nunca fui contra vacina. Tanto que disponibilizei todos os nossos estacionamentos como pontos de vacinação. Além disso, juntamente com outros empresários, fizemos campanha para que a iniciativa privada pudesse comprar [vacinas] para doar e ajudar o país a acelerar o processo de imunização”, afirmou.
Hang disse ainda que é “acusado sem provas e perseguido” por expressar opiniões. O empresário afirmou que não conhece e não faz parte de um "gabinete paralelo" e negou ter financiado esquemas de fake news.
Omar rebate acusação de uso político da morte da mãe de Hang
A declaração de Luciano Hang de que doeu ver a morte da mãe sendo usada politicamente provocou reação imediata do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM). Omar disse que a comissão agiu o tempo todo com respeito e que ele próprio também perdeu um irmão dez anos mais novo para a covid-19.
Segundo o senador, quem usou o assunto politicamente foi o próprio Hang, ao gravar e publicar um vídeo nas redes sociais dizendo que a mãe poderia ter sido salva, se tivesse sido submetida a tratamento precoce. (Do Metrópoles)
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