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O deputado Gil Diniz (PL), da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), está construindo em seu gabinete uma capela em resposta “a esses ateus, a esses inimigos dos cristãos, dos católicos” que estão mobilizando o Ministério Público contra regimento interno de legislativos que obriga a citação “sob a proteção de Deus” ou leitura de trechos bíblicos no início das sessões.
A Constituição preconiza a separação entre Igreja e Estado, mas o parlamentar bolsonarista acredita estar fora do alcance do MP e de ADI (Ação Direita de Constitucionalidade) porque o gabinete dele “é privado”, no sentido de que não ficará em área comum da Assembleia Legislativa.
“A capela não incomodar pessoas de outras religiões.”
O jornalista e militante da laicidade de Estado Eduardo Banks afirma que, mesmo que a capela seja no gabinete, há afronta à Constituição porque o prédio da Assembleia é do patrimônio público e nenhuma de suas instalações pode ser modificada sem autorização
Além disso, acrescenta Banks, Diniz não 'é' deputado, ele 'está' deputado.
“Quem está custeando a obra? O próprio deputado? O que será feito da “capela” depois que Diniz deixar a Assembleia? A obra modificará a estrutura do prédio público, ou é reversível? O deputado falou em “trocar o piso”. Existe autorização do presidente da Alesp para essa “obra”?
Em 2020, Diniz esteve envolvido em divulgação de fake news, segundo a agência de apuração Aos Fatos.
O nome de batismo do deputado é Gildevanio Ilso dos Santos Diniz. Também é conhecido por Carteiro Reaça.
Com informações Paulo Lopes
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