Entrevista com Lilian Nunes: Impactos do aborto na saúde mental das mulheres

Lilian Nunes critica decisão do STF e defende vida e família em entrevista

Última Hora teve o prazer de entrevistar Lilian Nunes, uma defensora fervorosa da vida e da família, além de uma liderança ativa na Igreja Católica. Lilian está à frente de diversos movimentos que visam proteger a vida e fortalecer a família no Brasil. Recentemente, a decisão da Suprema Corte do Brasil em relação à prática de interrupção da gravidez tem gerado grande controvérsia, e Lilian nos traz suas perspectivas sobre o assunto.

Lilian Nunes:

• Católica, pró-vida, pró-família e defensora dos valores cristãos
• Ass. Parlamentar
• Pres. do PL Mulher RJ Capital
• Pré-candidata à vereadora RJ

Lilian, é um prazer tê-la conosco. Poderia nos falar mais sobre o trabalho que você vem desenvolvendo em prol da família, da vida e das pessoas em nosso país?

"É uma alegria estar aqui com você e com os ouvintes e telespectadores do Última Hora. Dediquei toda a minha vida acadêmica e profissional à proteção do nascituro e à discussão do aborto no Brasil e no mundo. Desde a graduação, pesquiso e produzo conteúdo acadêmico sobre esse tema. Também tive a oportunidade de trabalhar no governo federal, na Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres durante o governo do ex-presidente Bolsonaro, onde focamos na promoção da maternidade e na criação de políticas públicas que proporcionem segurança e acolhimento para mulheres diante de uma gravidez inesperada.

Além disso, dei palestras pelo Brasil inteiro abordando o tema de forma técnica e científica. Na Secretaria Nacional da Família, também sob o governo Bolsonaro, elaboramos políticas que incentivam a conciliação entre trabalho e vida familiar, fortalecendo vínculos familiares e promovendo a saúde mental através da família. Hoje, continuo esse trabalho como assessora parlamentar na Assembleia Legislativa junto ao mandato do deputado Márcio Gualberto."

Recentemente, o Ministro Alexandre de Moraes tomou uma decisão permitindo a interrupção da gravidez com uma injeção no coração do feto. Qual a sua opinião sobre essa decisão?

"Primeiramente, é importante destacar que o Supremo Tribunal Federal não tem competência para regulamentar essa matéria, que é de competência do Conselho Federal de Medicina (CFM). Vivemos uma verdadeira ditadura do Judiciário, que se insere em esferas além de sua competência. Em minha dissertação de mestrado sobre a proteção do nascituro, apresentei diversos estudos mostrando que, desde a décima semana de gestação, o feto já sente dor. Permitir a assistolia fetal, uma prática que é proibida até em animais no Brasil, até o nono mês de gestação é uma atrocidade. Isso atenta contra o direito à vida e à integridade do nascituro e pode ser considerado um crime de tortura."

Você acredita que essa questão deveria ser tratada pelo Parlamento?

"Sim, essa é uma questão que compete ao Parlamento. Embora existam exceções específicas para a não punição do aborto em casos de violência sexual ou risco à vida da mãe, são os médicos que possuem a autoridade para determinar o que é melhor para a saúde da gestante e do nascituro. Provocar um aborto em um estágio avançado de gestação traz riscos significativos não apenas ao feto, mas também à saúde física e mental da mãe. É fundamental que os médicos possam tomar decisões baseadas em evidências científicas e não em decisões judiciais que podem colocar em risco vidas humanas."

Há também um aspecto psicológico envolvido no aborto. Você poderia falar mais sobre isso?

"Certamente. Os dados mostram que as mulheres que passam por um aborto têm uma tendência nove vezes maior ao suicídio comparado àquelas que decidem ter seus filhos. Elas podem sofrer da síndrome pós-aborto, que causa danos irreversíveis à saúde mental. Muitas mulheres carregam essa culpa pelo resto de suas vidas, com altos índices de automutilação e alcoolismo. Além disso, os riscos físicos incluem infertilidade, aumento do risco de câncer de mama e problemas graves como gestações ectópicas. Esses são aspectos que o movimento feminista muitas vezes ignora, mas que precisam ser discutidos para proteger verdadeiramente a saúde e a dignidade das mulheres."

Por Jéssica Porto e Robson Talber/ Repórter  Leonardo Aragão
 

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Por Jornal da República em 20/05/2024
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