Escola “SEM PARTIDO” e Exército “COM PARTIDO”

Escola “SEM PARTIDO” e Exército “COM PARTIDO”

O Brasil foi tomado de assalto por pessoas desonestas intelectualmente. De Moro a Bretas, de Zambelli a Pazuello, a regra virou inverter a ordem do reino, com convicção, assistimos as mesmas pessoas que diziam ser defensores da justiça, sendo corruptos, e as mesmas pessoas que diziam não poder discutir política nas escolas, defendendo a política dentro do exército e funcionalismo público.

Aos pseudos juristas podemos resumir com uma célebre frase de autoria atribuída por muitos a Maquiavel “Aos amigos tudo, aos inimigos a lei”.

E as que seguem a ideologia Bolsonarista caem na absurda contradição de defenderem “Escola sem Partido” ambiente feito para a ciência, a liberdade de pensamento e o pluralismo de ideias, e defenderem o “Exército com partido” ambiente onde a regra é a disciplina e subordinação hierárquica, concluímos com o velho jargão “Faz o que eu digo, mas não faças o que eu faço”.

A frase acima parece ser a verdadeira sabedoria, nessa nova geração que se diz liberal e é conservador ao mesmo tempo. Mas ainda existe luz e alguns Generais lúcidos do seu papel constitucional, como Mourão que afirmou: ‘Regra tem que ser aplicada para evitar que a anarquia se instale nas Forças Armadas’.

E o General Santos Cruz que não se omitiu e postou nas suas redes sociais:

“VERGONHA!

Ontem, 3 de junho de 2021, fui surpreendido com telefonemas e mensagens de dezenas de jornalistas sobre o encerramento do caso Pazuello. Em atenção ao trabalho que fazem, sempre respondo, mesmo que seja para informar que nada tenho a dizer. Mas ontem eu não disse nada. Por vergonha.

Por formação, me nego a fazer qualquer consideração sobre a decisão.

Sobre o conjunto dos fatos, é uma desmoralização para todos nós.

Houve um ataque frontal à disciplina e à hierarquia, princípios fundamentais à profissão militar. Mais um movimento coerente com a conduta do Presidente da República e com seu projeto pessoal de poder. A cada dia ele avança mais um passo na erosão das instituições.

Falta de respeito pessoal, funcional e institucional. Desrespeito ao Exército, ao povo e ao Brasil.  Frequentemente, com sua conduta pessoal, ele procura desrespeitar, desmoralizar pessoas e enfraquecer instituições.

Não se pode aceitar a SUBVERSÃO da ordem, da hierarquia e da disciplina no Exército, instituição que construiu seu prestígio ao longo da história com trabalho e dedicação de muitos.

Péssimo exemplo para todos. Péssimo para o Brasil.

À irresponsabilidade e à demagogia de dizer que esse é o "meu exército", eu só posso dizer que o "seu exército" NÃO É O EXÉRCITO BRASILEIRO. Este é de todos os brasileiros. É da nação brasileira.

A politização das Forças Armadas para interesses pessoais e de grupos precisa ser combatida.  É um mal que precisa ser cortado pela raiz.

Independente de qualquer consideração, a UNIÃO de todos os militares com seus comandantes continua sendo a grande arma para não deixar a política partidária, a politicagem e o populismo entrarem nos quartéis” finaliza o General.

Leia também: Irmã de Bretas nomeada - Diário Oficial do Estado RJ, página 5, Parte I, 18/04/2019

Fiscalização ou indústria da multa? Com a palavra Eduardo Paes ...

Por causa dessa decisão de não punir Pazuello, iniciou uma movimentação dos parlamentares que tentam acelerar a votação de PEC que impede militares da ativa de ocupar cargos políticos no governo.

O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, que é a voz de mais de 1 milhão de advogados brasileiros que estudaram obrigatoriamente toda a Constituição, enviou uma nota à imprensa sobre a decisão do Comando do Exército de não punir o general Pazuello por participar de ato político. Eis a íntegra:

“A lei estabelece claramente que a hierarquia e a disciplina são a base institucional das Forças Armadas. Não é raro ouvir declarações públicas dos comandantes militares de que “quando a política entra pela porta da frente num quartel, a hierarquia e a disciplina saem pela porta dos fundos”. Pois a decisão de hoje escancarou as portas, ao não punir um general da ativa que participou de um evento político, em clara afronta à disciplina e ao que determina a lei. A partidarização das Forças Armadas ameaça à democracia e abre espaço para a anarquia nos quartéis. A grave situação do país exige das instituições respostas firmes para impedir retrocessos e quebra da ordem institucional”.

A ex-Bolsonarista que fez autocrítica, e mudou quase tudo em sua vida, deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) avaliou a decisão como “escandalosa”. E citou que as “Forças Armadas foram politizadas”.

O Depudado Marcelo Freixo (Psol) também criticou a decisão. “Gravíssimo o Exército não punir Pazuello, violando seu próprio Estatuto e o Código Penal Militar”, assim como vários setores e personalidades tanto da Direita como da esquerda.

Leia ainda: Seguindo receita soviética, Bolsonaro prepara exibição de tanques em frente ao Planalto

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Escola “SEM PARTIDO” e Exército “COM PARTIDO”

O Capitão desafia Generais

Da Redação / Imagens: Internet

Por Jornal da República em 05/06/2021
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