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A campanha eleitoral na Colômbia ficou marcada nas últimas semanas por um embate entre o comandante do Exército, general Eduardo Zapateiro, e o candidato de esquerda e líder nas pesquisas Gustavo Petro.
O episódio marca uma intromissão das Forças Armadas nas eleições presidenciais, que não é habitual na Colômbia. O primeiro turno ocorre no dia 29 de maio.
A uma crítica de Petro ao Exército, afirmando que havia corrupção na instituição e que o sistema de promoções era baseado em "politicagem interna e em subornos por parte do narcotráfico", Zapateiro respondeu por meio das redes? sociais: "Nunca vi nenhum general recebendo dinheiro de modo indevido como o senhor já foi acusado".
Zapateiro fazia menção a um vídeo que circulou em 2005 e que mostrava Petro, à época congressista, recebendo uma bolsa com dinheiro. O caso foi à Justiça, mas Petro acabou absolvido. A Procuradoria da Colômbia abriu investigação para avaliar se Zapateiro extrapolou seus limites de atuação constitucional, informa a jornalista Sylvia Colombo na Folha de S.Paulo.
Outro militar mostrou o descontentamento de parte das Forças Armadas com a candidatura do ex-guerrilheiro do M-19. José Marulanda, presidente da Associação Colombiana de Oficiais Aposentados, afirmou: "Sentimos que há um ressentimento muito claro de Petro contra militares e policiais, porque foram eles que combateram e mataram muitos de seus companheiros de guerrilha".
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