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Estica e puxa
Liderados pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o Centrão está forçando a barra com o governo por uma reforma ministerial em que sejam acomodados. A moeda de troca: a finalização da votação do novo arcabouço fiscal na casa legislativa.
Estratégia
O novo marco fiscal está trancando a pauta da Câmara e precisa ser votado o mais rápido possível. Mas, na reunião de líderes nesta terça-feira, 1°, pra definir a pauta, Lira adiou a votação do novo arcabouço fiscal.
Pressão
Lira já emplacou o aliado Celso Sabino (União-PA) no Ministério do Turismo, mas o bloco partidário o qual lidera quer mais. O presidente Lula tem minimizado a cobiça por cargos, mas disse hoje que vai fazer um acordo político pela governabilidade.
Poder
Arthur Lira tem manobrado estrategicamente na Câmara de olho num protagonismo político e no aumento do poder, enquanto autoridade. Na outra ponta está o chefe máximo do país, o presidente Lula. Ele reforçou, hoje, que não vai fazer a política do "é dando que se recebe". Em outras palavras, não quer se tornar refém da ambição política de um bloco.
Habilidade
Os dois estão manobrando as peças. E Lira as tem usado de forma direta que mexe com os interesses do governo. Além do novo arcabouço fiscal que está paralisado na Câmara, a Coluna apurou que esta casa legislativa ainda não enviou ao Senado o texto aprovado da PEC da reforma tributária. Justamente o que falta para que a proposta comece a tramitar no Senado.
CPIs dominam
No Senado, a comissão mista que investiga os atos antidemocráticos de 8 de janeiro ouviu do ex-diretor da Abin, Saulo Moura, que o então chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Lula, general Gonçalves Dias, foi informado de uma possível ameaça de ataques à sede dos Três Poderes. Segundo Saulo, os primeiros informes foram enviados a Gonçalves Dias ainda na manhã de 8 de janeiro.
Investigação
O ex-chefe do GSI entrou na mira da oposição, que já foi ao MPF apresentar queixa-crime contra ele. O motivo: a declaração de Saulo Moura na CPI mista de que Gonçalves Dias pediu que seu nome fosse retirado do relatório sobre as planilhas de alertas da Abin.
Depoimento
Enquanto o nome de Gonçalves Dias era "entoado" na CPI mista dos Atos Antidemocráticos, o próprio estava depondo, no mesmo momento, em outra comissão investigativa, a do MST, na Câmara dos Deputados. Dias foi convocado para explicar se recebeu alertas, quando estava no GSI, sobre invasões de terras, e se avisou ao presidente Lula a respeito.
Convocação
A CPI do MST aprovou a convocação do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, mas a bancada petista estuda acionar a mesa diretora da casa para impedir esse ato.