Haddad rebate críticas e defende política fiscal do governo

Haddad rebate críticas e defende política fiscal do governo

Em entrevista ao programa É Notícia, da RedeTV!, a jornalista Beatriz Bulla questionou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a situação fiscal do Brasil e o impacto na inflação dos alimentos. Durante a conversa, o ministro rebateu críticas e comparou a gestão fiscal do governo Lula com administrações anteriores.

Bulla lembrou que Haddad já declarou preocupação com os gastos públicos e pediu ao ministro um diagnóstico da gravidade do quadro fiscal. Em resposta, o ministro argumentou que as gestões anteriores não conseguiram equilibrar as contas. "Tivemos o governo Temer e o governo Bolsonaro com déficits fiscais muito superiores ao que está sendo observado agora", afirmou.

Segundo Haddad, houve um discurso de austeridade fiscal no passado que não se refletiu na prática. Ele citou que nos últimos sete anos, os déficits somaram 2% do PIB, enquanto, em 2023, o governo Lula registrou um déficit de apenas 0,1%. "Estão passando uma ideia falsa de que as contas públicas estavam sendo bem geridas antes e não estão agora, quando os números mostram o contrário", declarou.

O ministro também mencionou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na chamada "Tese do Século", que permitiu às empresas retirar o ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins. Segundo ele, essa mudança impactou negativamente as contas públicas, causando um prejuízo de R$ 1 trilhão. "Se houvesse um trabalho melhor para explicar as consequências dessa decisão ao STF, teríamos uma dívida pública 10% menor", argumentou.

Haddad criticou ainda a venda de estatais durante a gestão Bolsonaro, classificando a privatização da Eletrobras como "criminosa". Ele destacou que o governo atual tomou medidas para reduzir despesas e combater os chamados "gastos tributários", referindo-se a isenções fiscais concedidas a grandes empresários. "Estamos corrigindo isso e, se a inflação sair do controle, tomaremos providências para mantê-la em um patamar adequado", garantiu.

Por fim, o ministro defendeu que o debate econômico deve ser conduzido com "honestidade intelectual", alegando que parte das críticas feitas ao governo tem um viés ideológico que não contribui para o avanço do país.

 

Fonte: Urbsmagna

Por Jornal da República em 01/02/2025
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