Impeachment de Bolsonaro depende somente Arthur Lira do PP

Impeachment de Bolsonaro depende somente Arthur Lira do PP

Uma frente ampla vem se formando pelo Impeachment de Bolsonaro, movimento social já conversa para transformar o "Fora Bolsonaro" em "Impeachment Já".

Chegando a 530 mil mortes de Covid-18 os bastidores pelo Impeachment começa a pegar fogo e a pressão sobre Arthur Lira do PP aumenta.

Há vidas a salvar, uma pandemia a vencer, uma crise econômica por enfrentar e Bolsonaro parece viver um sonho discutindo Urna Eletrônica enquanto milhões de brasileiros estão morrendo todos os dias.

PT com 53 deputados federais e 6 senadores, PSB 31 deputados federais e 1 senador, PDT com 25 deputados e 3 senadores, Cidadania com 7 deputados e 2 senadores, Psol com 9 deputados federais, PCdoB com 7 deputados federais, Rede Sustentabilidade com 1 deputado federal e 2 senadores, assim como ex-aliados do presidente, como a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) e os deputados Alexandre Frota (PSDB-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP).

 

Cerca de 140 deputados já se declaram a favor do eventual impeachment que para passar pela Câmara, são necessários 342 votos dos 513 deputados.

Partidos sem representação no congresso (PCB, PSTU, PCO), Governadores, Deputados Estaduais, Prefeitos, Vereadores e milhares de entidades também declaram que querem o impeachment do presidente Jair Bolsonaro, entidades representativas como Movimento Brasil Livre (MBL) também assina, assim como a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD).

Sites como https://vidasbrasileiras.com/ assinam o pedido de impeachment centenas de artistas e personalidades como Xuxa Meneghel Veronica Brasil, Walter Casagrande, Chico César, Cristina Serra, Fábio Porchat, Felipe Neto, Hermes Fernandes, Ailton Krenak, Julia Lemmertz, Júlio Lancellotti, Ligia Bahia, Marcelo Gleiser, Raduan Nassar, Vanderson Rocha, e já possuem quase 1 milhão de assinaturas.

Entre esses argumentos, está o mais recente — o que aponta prevaricação do presidente no caso da suspeita de corrupção no contrato de compra da vacina indiana Covaxin.

O texto foi elaborado por um grupo de juristas e atribui a Bolsonaro 23 crimes de responsabilidade divididos em sete categorias:

Crime contra o livre exercício dos Poderes;

Ato: ameaças ao Congresso, STF e interferência na PF

Crime contra a existência política da União;

Ato: fomento ao conflito com outras nações

 

Ameaça contra algum representante da nação para coagi-lo;

Ato: disse que teria que "sair na porrada" com senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), membro da CPI da Covid

Tentar dissolver ou impedir o funcionamento do Congresso;

Ato: declarações do presidente e participação em manifestações antidemocráticas

Opor-se ao livre exercício do Poder Judiciário;

Ato: interferência na PF

Ameaça para constranger juiz;

Ato: ataques ao Supremo

Crime contra o livre exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;

Ato: omissões e erros no combate à pandemia

Usar autoridades sob sua subordinação imediata para praticar abuso do poder;

Ato: trocas nas Forças Armadas e interferência na PF

Subverter ou tentar subverter a ordem política e social;

Ato: ameaça a instituições

Violar direitos sociais assegurados na Constituição;

Ato: omissões e erros no combate à pandemia

Expedir ordens de forma contrária à Constituição;

Ato: trocas nas Forças Armadas

Incitar militares a desobedecer a lei ou infração à disciplina;

Ato: ir à manifestação a favor da intervenção militar

Crime contra a segurança interna do país;

Ato: omissões e erros no combate à pandemia

Blindar subordinados em caso de delitos;

Ato: não pediu investigação de suposta irregularidade na Covaxin

Crime contra o cumprimento das decisões judiciárias;

Ato: não criar um plano de proteção a indígenas na pandemia

Permitir a infração de lei federal de ordem pública;

Ato: promover revolta contra o isolamento social na pandemia

Proceder de modo incompatível com o decoro do cargo;

Ato: mentiras para obter vantagem política

Negligenciar a conservação do patrimônio nacional;

Ato: gestão financeira na pandemia e atrasos no atendimento das demandas dos estados e municípios na crise de saúde

Crime contra a probidade na administração;

Ato: gestão da pandemia e ataques ao processo eleitoral

No documento, dizem:

"Na ocasião, os presentes compreenderam, de maneira uníssona, que a elaboração de uma única peça, que viesse a sintetizar as suas manifestações específicas, poderia ter o efeito de provocar a resposta há muito aguardada da presidência da Câmara dos Deputados, com a instauração, afinal, do competente processo de impeachment", diz o texto.

Para que um processo de impeachment seja aberto e passe a tramitar na Câmara, o presidente da Câmara, Arthur Lira do PP.

Da Redação/ Editoria Ralph Lichotti Imagens: Redes Sociais

Por Jornal da República em 08/07/2021
Aguarde..