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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes pediu para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifeste, em até 48 horas, sobre uma suposta intimidação de servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O pedido de investigação contra o presidente foi apresentado à Corte pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O Metrópoles teve acesso à decisão do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news.
O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, também é intimado a se manifestar.
“Eu pedi, extraoficialmente, o nome das pessoas que aprovaram a vacina para crianças a partir de 5 anos. Nós queremos divulgar o nome dessas pessoas para que todo mundo tome conhecimento de quem são essas pessoas”, afirmou Bolsonaro em uma live na última quinta-feira (16/12).
Antes da live, a Anvisa havia autorizado a vacinação de crianças pela Pfizer, seguindo precedentes da Europa e dos Estados Unidos.
O pedido de Randolfe foi dirigido ao gabinete do ministro Alexandre Moraes, como registrou a coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles. É lá que tramita o inquérito das fake news, que tem Bolsonaro entre os investigados antonio.
No início do mês, Moraes abriu outro inquérito para investigar o presidente: desta vez, depois que Bolsonaro associou a vacina da Covid à Aids, o que é falso.
1,6 mil nomes
Após Bolsonaro cobrar os nomes de quem aprovou a aplicação do imunizante em crianças, Barra Torres declarou que os funcionários da instituição estão unidos na decisão.
“Se formos consultar todas as pessoas que contribuíram direta ou indiretamente para que aquele posicionamento fosse estabelecido, essa lista contaria, por certo, com mais de 1,6 mil nomes, porque todas as nossa atividades estão entrelaçadas. Estamos juntos”, ressaltou Barra Torres.
“Embora a decisão de ontem ser da nossa área técnica, das gerências gerais envolvidas, fizemos questão de colocar em público o apoio integral de toda a diretoria Colegiada. Quando as resoluções da Anvisa, sejam elas de nível de diretoria ou gerencial, são tornadas publicas, em Diário Oficial da União (DOU), passam a ser decisões, posições, estabelecimentos da Anvisa”, afirmou ele.
O presidente da agência também declarou que todos os funcionários que participaram da decisão terão “total tranquilidade em fornecer informações” solicitadas sobre o processo de aprovação e lembrou que cabe aos pais e responsáveis a decisão de vacinar ou não as crianças contra Covid-19. (Do Metrópoles)
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