“Nova cloroquina” de Bolsonaro, voto impresso é rejeitado por 58%, diz pesquisa

Segundo o levantamento da XP, 36% são favoráveis e 7% não souberam ou não responderam ao questionamento

“Nova cloroquina” de Bolsonaro, voto impresso é rejeitado por 58%, diz pesquisa

DA REDAÇÃO - Aposta do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) e motivo de ataques pessoais do presidente contra os Poderes, o voto impresso é rejeitado por 58% dos brasileiros. Pesquisa XP divulgada nesta terça-feira (17/8) mostra que 36% são favoráveis e 7% não souberam ou não responderam ao questionamento.

Foram realizadas mil entrevistas, de abrangência nacional, de 11 a 14 de agosto. A margem de erro é 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Bolsonaro acusa o modelo de urnas eletrônicas, que nunca apresentou falha em 25 anos, de não ser confiável. O desejo do presidente era que, a partir da eleição de 2022, os números digitados pelo eleitor na urna eletrônica fossem impressos e os papéis, depositados de forma automática numa urna de acrílico.

A ideia dele é que, em caso de acusação de fraude no sistema eletrônico, os votos em papel pudessem ser apurados manualmente. Porém, se esquece ou ignora o mandatário da República, que o sistema atual já prevê a auditagem e fiscalização dos partidos.

Segundo o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, o voto já é impresso, auditável e acessível para todos os partidos que tenham interesse em fiscalizar, mas a verdade, ainda segundo Barroso em entrevista recente, é que nunca houve interesse.

Segundo o ministro, a auditagem do resultado de cada votação é garantida por meio do Boletim de Urna (BU), que contém informações como número de eleitores e votos da seção eleitoral são disponibilizadas no documento, impresso ao final do pleito. Eleitor também pode acompanhar pela internet.

Com 218 votos contrários, 229 a favor e uma abstenção, a Câmara dos Deputados rejeitou em 10 de agosto a proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabeleceria a adoção do voto impresso.

Para ser aprovada, a PEC precisava de, no mínimo, 308 votos favoráveis. Agora, o texto será arquivado e o formato atual de votação e apuração deve ser mantido nas eleições de 2022.

Bolsonaro alega que há fraude no sistema eletrônico de votação. No entanto, instado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a apresentar provas, ele não conseguiu comprovar as irregularidades.

Isso fez com que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, incluísse o chefe do Executivo federal entre os investigados no inquérito que apura divulgação de notícias falsas e ataques ao STF. O processo corre em sigilo na Corte. (Com informações do Metrópoles e site do TSE)

Por Jornal da República em 17/08/2021
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