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Por Lauro Jardim
Assim que Paulo Cunha Bueno, advogado de Jair Bolsonaro , passou a defender a tese que generais como Augusto Heleno e Braga Netto é que se beneficiariam do golpe — e não o ex-presidente — um grupo de aliados próximos, incluindo militares, voltou a usar uma definição que acompanha o capitão há muito tempo.
Ei-lá:
—O Bolsonaro não carrega feridos.
Numa palavra, para se safar de problemas, o capitão vai deixar quem tiver dificuldades pela estrada.
Na sexta-feira, em entrevista ao Estúdio I, Cunha Bueno disse sobre o relatório final das investigações feitas pela PF e enviado na semana passada à PGR por Alexandre de Moraes:
— Quem seria o grande beneficiado? Segundo o plano do general Mario Fernandes, seria uma junta que seria criada após a ação do ‘Plano Punhal Verde e Amarelo’ e, nessa junta, não estava incluída o presidente Bolsonaro. Não tem o nome dele (Bolsonaro ) lá, ele não seria beneficiado disso. Não é uma elucubração da minha parte. Isso está textualizado ali.
Quem iria assumir o governo em dar certo esse plano terrível, que nem na Venezuela chegaria a acontecer, não seria o Bolsonaro, seria aquele grupo.
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