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Nestes tempos sombrios em que vivemos, advogados e advogadas, criminalistas ou não, estão sendo vilipendiados pelas autoridades no exercício da profissão, que tem sido confundida, no caso dos(das) criminalistas, com o cliente e com o fato supostamente criminoso.
Os princípios da igualdade e da inocência têm sido jogados no lixo, inapelavelmente! E a sagrada inviolabilidade do advogado virou tão somente mais uma "coisinha à toa" a ser transgredida pelas "autoridades".
Lei federal nos ensina que não há hierarquia, nem subordinação, entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos se tratar com consideração e respeito recíprocos.
E ensina também que as autoridades, os servidores públicos e os serventuários da justiça devem dispensar ao advogado, no exercício da profissão, tratamento compatível com a dignidade da advocacia e condições adequadas a seu desempenho. (Artigo 6º da Lei 8.906/94)
O Brasil está passeando, indiscutivelmente, pela passarela aviltante das arbitrariedades, e agora o País está escancarando as suas portas para a completa negação das nossas prerrogativas profissionais e dos direitos humanos fundamentais de todos.
A liberdade hoje está sendo esfacelada, e os donos do poder estão se ocupando em perseguir culpados e inocentes, pouco importando o que ditam as leis especiais e a Constituição Federal.
No Brasil de hoje as leis são inúteis e a constituição tem sido rasgada. A advocacia precisa com urgência resgatar sua imensa coragem, a que só vemos em heróis da ficção, e precisa se indignar com todas as forças de seu coração para fazer cessar, com urgência, todos os atos de violência que têm criado obstáculos ao pleno exercício da profissão.
Os Deuses do poder estão cada vez mais arbitrários e arrogantes, e nossa escolha só pode ser uma: enfrentá-los juntos!
Caso contrário, Senhor Advogado e Senhora Advogada, é melhor assumir a covardia, rasgar a carteira da OAB e ir para a imaginária e falsa segurança do lar.
Mas, é claro, evitando se olhar demais no espelho, porque ele só vai te devolver o teu rosto humilhado e assustado, e você não vai gostar do que vai ver.
Por Wanderley Rebello Filho
Advogado, Vice-Presidente da ANI e Diretor da Escola de Prerrogativas da OAB/RJ
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