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A Assembleia Legislativa do Rio aprovou e o governador Cláudio Castro (PL) sancionou o movimento pentecostal como 'patrimônio imaterial' do Estado. E o significado disso é nada. Não mata a fome de ninguém, não aumenta vagas nas creches públicas, não cria leitos em hospitais de pobres.
A rigor, toda expressão cultural, religiosa ou não, é um "patrimônio imaterial" em si, ninguém precisa dizer ou fazer lei para reconhecer o óbvio.
O deputado Samuel Malafaia, irmão do pastor Malafaia, é o autor do projeto de lei dessa estrovenga, o que explica tudo. O nobre parlamentar quer agradar os pentecostais, quer mostrar serviço, obter votos nas próximas eleições. E o governador também.
A declaração do pentecostalismo como "patrimônio imaterial" é uma bobagem, que, aliás, não faz sentido em um Estado laico, mas teve um custo para os cofres públicos.
Para elaborar o projeto de lei, o deputado Malafaia usou parte do seu trabalho, que é pago pelos brasileiros, assim como seu cafezinho na Assembleia, o salário de seus assessores, a gasolina do seu carro oficial e tudo mais. Se somar tudo isso, dá um dinheirão.
O deputado Samuel Malafaia deveria ser declarado como "patrimônio inútil".
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