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Por: Dr. Luiz Alberto Barbosa, Juiz de Direito e Escritor.
Parece que estamos em uma corrida maluca, sem destino e sem linha de chegada. Assustados e também assustadores, atropelamos quem está a nossa frente e sequer olhamos para trás para ver o estrago que fizemos. Não respeitamos os sinais que nos indicam para termos mais cautela e paciência, e atravessamos, frequentemente, os limites de velocidade da ambição. Queremos chegar rápido, mesmo que seja preciso cortar caminho por atalhos perigosos e obscuros. Não obedecemos regras, pois vivemos na era do "farinha pouca, meu pirão primeiro", e isso nos faz muito mal ainda que não seja percebido. Não temos cuidado com as neblinas dos desejos inúteis, que rouba muito tempo da gente e atrasa nossa evolução. Nos embriagamos com a vaidade e a futilidade está sempre estacionada no lugar proíbido. Atravessamos fora da faixa da moralidade, cometemos as infrações do ter para mostrar a quem sequer nos conhece, invadimos a contramão da solidariedade e buzinamos nossa enganosa superioridade, pois queremos que todos nós vejam e nos admirem Esbarramos nas comparações que trazem a reboque a infelicidade e rasgamos nossos planos por querermos ser mais velozes que o outro. De vez em quando, usamos o acostamento para nós livrar da lentidão em atingirmos nossos anseios, pois não conseguimos parar de anexar felicidade a coisas materiais. Por fim, apesar dos quilômetros percorridos, notamos (nem todos conseguem)que não saímos do ponto de partida e o tempo, escondido atrás no bagageiro, ri de nós por estarmos desperdiçando os melhores momentos a troca de nada.
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