Prorrogada, CPI tem estratégia para chegar a Jair Bolsonaro e filhos

Investigação no Senado tem caminho aberto para atingir a família do presidente, envolvida em escândalos de todo tipo

Prorrogada, CPI tem estratégia para chegar a Jair Bolsonaro e filhos

DA REDAÇÃO - O 'Quarteto Fantástico' governista na CPI bem que tentou, mas os integrantes da cúpula da CPI conhecida como G7, hoje 6,5 por causa da posição dúbia do senador Eduardo Braga (MDB-MA), conseguiu a prorrogação dos trabalhos pelo senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) que leu ontem (14), em plenário, o requerimento que prorroga os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, instalada em 27 de abril.

Decisão sacramentada já começam as especulações de quais caminhos e estratégias a CPI vai seguir. Segundo a colunista do Globo, Bela Megale, "As perguntas do relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL) já dão a senha. Senadores da comissão traçaram uma estratégia para tentar chegar ao presidente Jair Bolsonaro e seus filhos, em especial o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), por meio das empresas envolvidas na investigação".

A jornalista destaca também que entraram na mira da CPI nomes próximos ao clã, como o do advogado Frederick Wassef. Os senadores suspeitam que Wassef e outras pessoas ligadas aos Bolsonaro podem ser o elo entre essas companhias e a família do titular do Palácio do Planalto.

"Hoje um dos principais focos da CPI é se debruçar sobre as quebras de sigilo da Precisa Medicamentos e das organizações sociais que atuam em hospitais do Rio de Janeiro. O objetivo é encontrar, em meio a esses dados, conexões com o clã Bolsonaro. Para isso, os senadores avaliam, inclusive, usar as duas semanas do recesso parlamentar para fazer diligências no Paraguai e no Rio de Janeiro".

"Os parlamentares também planejam pedir as quebras de sigilo de Frederick Wassef, advogado de Flávio Bolsonaro", escreveu a colunista e isso explica a postura de ambos durante a investigação da Comissão Parlamentar de Inquérito.

Enquanto o senador Flávio Bolsonaro, envolvido com milícia desde o berço, volta e meia aparece nas sessões para tumultuar os trabalho da CPI no melhor estilo 'chefe de gangue quizumbeiro', o advogado da família Frederick Wassef, que tem procuração do próprio presidente da República, foi quem escondeu o miliciano Fabrício Queiroz em sua própria casa enquanto a Polícia Federal o procurava e todo o Brasil perguntava "Cadê o Queiroz?".

E em sua mais recente aparição, Wassef apareceu de surpresa na CPI para intimidar o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), mas ao chegar ao parlamento acbou se escondendo no banheiro feminino.

Pelo (des)andar da carruagem, muito cheiro ruim ainda vai exalar do governo do 'Caguei'.

 

Por Jornal da República em 15/07/2021
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