Rio conclui vacinação por idades neste fim de semana

Rio conclui vacinação por idades neste fim de semana

Este sábado, dia 25 de setembro, ficará marcado na história da saúde pública do Rio: a capital conclui seu calendário de imunização das idades autorizadas pela Anvisa para receber a vacina contra covid-19. A campanha de vacinação, que por nove meses vem contemplando faixas etárias por ordem decrescente, chega nesta sexta-feira (24) e sábado (25) aos adolescentes de 12 anos. Mais de 9 milhões de doses já foram aplicadas na campanha, ultrapassando metade da população carioca total com o esquema vacinal completo e 99% dos adultos imunizados.

O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, celebra que o chamado passaporte da vacina tenha incentivado ainda mais cariocas a se imunizar: – Tivemos uma procura alta de pessoas buscando se vacinar na repescagem. Ficamos felizes em vaciná-las.

Nesta sexta-feira (24), podem se vacinar com a primeira dose (D1) adolescentes de 13 e 12 anos; e no sábado (25), quando os postos funcionarão das 8h às 17h, todas as idades a partir de 12 anos. Já com a segunda dose (D2), a expectativa é vacinar 80 mil pessoas nos próximos dias. Além disso, os idosos de 84 anos ou mais e pessoas com alto grau de imunossupressão com 40 anos ou mais receberão a dose de reforço (DR) até o final de semana.

Outro motivo para comemoração é o cumprimento – e até mesmo antecipação – de metas estipuladas para a campanha de vacinação contra covid-19, como o objetivo de vacinar 90% da população adulta com a D1 inicialmente planejado para 02/09, mas que foi alcançado em 18/08. Outro exemplo era a previsão de início da aplicação da DR em outubro, mas que acabou acontecendo um mês antes, em 1º de setembro.

– Sempre destacamos que as vacinas usadas na cidade são aprovadas pela Anvisa, seguras e eficazes. Cada vez estamos mais vacinados e protegidos – explica o superintendente de Vigilância em Saúde do Rio de Janeiro, Márcio Garcia, que destaca: – A primeira dose é importante, mas a segunda é a forma de atingir a proteção completa.

 Até a última quinta-feira (23), 5.457.460 pessoas haviam tomado a D1 de CoronaVac, AstraZeneca ou Pfizer, e outras 139.758 receberam o imunizante da Janssen, que tem o esquema vacinal de dose única (DU). Esse total representa 96,8% da população carioca elegível para a vacinação (a partir de 12 anos) com a imunização iniciada ou concluída. Entre as pessoas que seguem o esquema vacinal de duas doses, 3.382.976 já receberam a D2, o equivalente a 60,9% da população elegível com a imunização completa. As doses de reforço (DR) em idosos já somam 52.360 aplicações.

A SMS-Rio disponibiliza mais de 280 pontos de vacinação em toda a cidade, funcionando de segunda-feira a sábado, para facilitar o acesso da população à vacina. A lista desses pontos, seus horários de funcionamento, o calendário de vacinação e outras informações estão disponíveis em coronavirus.rio/vacina e nas redes sociais da Secretaria Municipal de Saúde e da Prefeitura do Rio. A vacinação em domicílio está disponível para idosos acamados (DR) e PcD com 12 anos ou mais e pode ser solicitada pelo site coronavirus.rio/vacinacaoemdomicilio ou pelo WhatsApp 21 97620-6472 (canal de atendimento de segunda a sexta-feira, de 9h a 16h). O prazo para o agendamento é de 30 dias.

Eventos-teste
Em paralelo ao aumento da cobertura vacinal da população carioca, avançam também as idades que são cobradas de apresentar o comprovante de vacinação para acessar determinados locais e serviços no Município do Rio. Os eventos-teste que começam a ser realizados na cidade são outra oportunidade em que é obrigatório comprovar estar imunizado.

– Temos muita certeza de que devemos começar a oferecer alternativas seguras para a população. É importante dar opções para as pessoas terem lazer com menos risco – afirma Soranz.

Em três desses eventos já realizados, todos jogos de futebol, nos dias 15, 19 e 22 de setembro, o público precisou apresentar, além do comprovante vacinal, resultado negativo de covid-19 em exame realizado em, no máximo, 48h antes do início do evento. A partir dessa testagem, foi identificado um percentual de infectados com coronavírus de 0,9%, 1,1% e 0,2%, respectivamente. Essas pessoas foram impedidas de ingressar nos estádios, preservando a segurança dos eventos.

– Desde o protocolo até o pós-jogo, a Prefeitura está atenta a cada etapa do processo de realização dos eventos para termos bons relatórios e acompanharmos os resultados – esclarece Garcia.

Para serem autorizados no Rio de Janeiro, os eventos-teste devem apresentar protocolo sanitário prevendo testagem e comprovação vacinal por todos os presentes. A fiscalização desses dois condicionantes para a participação do público é de competência do organizador do evento, que, por sua vez, é fiscalizado pelo Ivisa.

Nesses casos de ambiente controlado, com todos o público testado e vacinado, não é necessário o uso de máscaras e o distanciamento. Mas é importante ter clara a ideia de que essa liberação vale apenas para os eventos-teste, com essas condições específicas. Para os demais espaços públicos e de uso coletivo, o uso de máscara e o distanciamento devem continuar sendo respeitados.

Cenário epidemiológico
A 38ª edição do Boletim Epidemiológico apresenta, pela primeira vez em 2021, todo o mapa de risco da cidade para transmissão da covid-19 na classificação amarela. Todas as 33 regiões administrativas (RAs) do município estão no estágio de atenção de risco moderado no indicador que considera as internações e óbitos.

Além desses dois índices, casos notificados por covid-19 e os atendimentos na rede de urgência e emergência por síndrome gripal e síndrome respiratória aguda grave na capital também mantêm a tendência de queda sustentada. Reflexos disso que valem destaque são a fila zerada por leito de covid-19 e uma das menores taxas de hospitalização desde o início da pandemia.

O 38º boletim mostra que, desde março de 2020, o Município do Rio soma 478.525 casos de covid-19, com 33.607 óbitos. Em 2021 são 262.732 casos e 14.532 mortes. A taxa de letalidade deste ano está em 5,5%, contra 8,8% em 2020; e a de mortalidade, em 218,2 a cada 100 mil habitantes, contra 286,4/100 mil no ano passado. A incidência da doença é de 3.944,1/100 mil, quando em 2020 era de 3.239,5/100 mil.

Por Jornal da República em 25/09/2021
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