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A articulação da extrema-direita internacional, onde o Brasil se tornou o epicentro do nazi-fascismo, mostrou sua face mais cruel e delirante na Ásia.
Sedes do Partido Comunista da Índia (CPI-M, na sigla em inglês) foram incendiadas e depredadas em várias cidades do estado de Tripura nesta quarta-feira (08/09).
Escritórios regionais do partido em Udaipur, Gomati, Sepahjala, Bishalgarh, Santar Bazar, West Tripura, Sadar e em Agartala, foram alvos de ataques, assim como a redação do jornal Daily Desharkatha, vinculado ao CPI-M.
Pelo Twitter, os comunistas condenaram os ataques e acusaram membros do partido de direita Bharatiya Janata Party (BJP), do qual o primeiro-ministro Narendra Modi faz parte, de serem responsáveis pelos atos.
"O ataque aos escritórios do partido, que é o principal partido de oposição, em Tripura expõem a natureza fascista demonstrada pelo BJP no estado", afirmou a legenda.
Ainda de acordo com o partido, a sede em Agartala foi a mais atacada. “Eles saquearam o térreo e o primeiro andar do escritório, queimaram dois carros e quebraram o busto de Dasarath Deb, um líder reverenciado pelo povo de Tripura”, declarou o secretário-geral do partido Shri Sitaram Yechury, em carta endereçada ao premiê Modi.
Segundo Yechury, as casas de vários líderes e ativistas do partido foram atacadas, saqueadas e incendiadas, ataques os quais classificou como “violência fascista brutal”.
“Chamamos sua atenção para a violência escandalosa espalhada ontem contra o CPI-M e Frente de Esquerda em Tripura. De forma planejada, dezenas de escritórios do CPI-M, incluindo sua sede no estado, foram atacados por multidões de homens do BJP”, afirmou o secretário-geral do partido na carta ao primeiro-ministro.
De acordo com Yechury, “a polícia esteve presente em muitos destes locais e permaneceu como espectadora silenciosa e a impunidade com que os agressores atuaram mostra a conivência do governo estadual”. “Esses ataques ocorreram porque o partido no poder tentou e não conseguiu suprimir as atividades da principal oposição no estado”, concluiu.
O grupo responsável pelos atos também invadiu o escritório de Pratibadi Kalam, um jornal local, ferindo ao menos quatro jornalistas, além de danificar propriedades e incendiar veículos.
"Os capangas estavam armados com lathis - bastão de bambu usado pela polícia indiana revestido por aço - e armas mortais de corte afiado. Um dos nossos jornalistas, Prasenjit Saha, foi atingido na nuca por uma arma de corte afiado que o feriu gravemente”, disse o editor do periódico à imprensa indiana.
O Partido Comunista convocou todas as sedes da agremiação para organizar protestos exigindo o fim dos ataques ao CPI-M e a proteção dos direitos democráticos no estado. Agartala registrou protestos nesta quinta-feira (09/09) e uma mobilização nacional foi marcada para esta sexta-feira (10/09). (Do Ópera Mundi)
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