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Os senadores Lasier Martins (Podemos-RS), Luis Carlos Heinze (PP-RS) e Eduardo Girão (Podemos-CE) entraram, na tarde desta quarta-feira (23), com pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso.
No pedido constam as justificativas principais: atividade político-partidária, falta de alegação de suspeição em dois episódios e um encontro do ministro com o advogado do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo Eduardo Girão, Barroso "quebrou a harmonia" entre os Poderes quando esteve no Congresso, nas vésperas da votação da PEC do voto auditável. "Ele [Barroso] se reuniu com as lideranças e, logo depois dessa reunião, quem era a favor do voto auditável foi substituído, isso foi uma interferência de Poder", afirmou Girão.
Nos Estados Unidos, um brasileiro questionou a atuação da Justiça nas eleições deste ano, e Barroso, após ser cobrado a dar uma satisfação pelas supostas falhas no sistema de votação apresentadas pelas Forças Armadas, respondeu: "Perdeu, mané. Não amola". O episódio recente é citado no pedido de impeachment.
Por fim, a última justificativa para o pedido foi o jantar entre o ministro Barroso e o advogado Cristiano Zanin Martins, que atua na defesa de Lula. "Esse jantar acentua
os casos de relações promíscuas. Tanta coisa acontecendo nas ruas e o ministro jantando com o advogado? Vamos bater enquanto tivermos vozes", declarou Lasier.
O pedido de impeachment é protocolado e depende de validação do presidente do Senado para tramitar.
Por Maicon Salles.
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