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Presidente do TJRJ, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, descerrou a placa de inauguração do novo espaço de arte do Judiciário fluminense nas presenças da presidente da Amaerj, juíza Eunice Haddad; do presidente do Comitê de Promoção da Igualdade de Gênero e de Prevenção e Enfrentamento dos Assédios Moral e Sexual e da Discriminação (COGEN), desembargador Wagner Cinelli; da diretora do Museu da Justiça, Siléa Macieira; e do desembargador aposentado Paulo Sérgio de Araújo e Silva Fabião
O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), inaugurou nesta segunda-feira (23/10) o Espaço de Arte Desembargador Deocleciano Martins de Oliveira Filho no hall da Lâmina III, na Rua Dom Manuel, 37, no Centro. O nome do local é uma homenagem ao desembargador e também escultor e pintor que foi promovido ao cargo pelo ainda Tribunal de Justiça do Estado da Guanabara, em 1965, e aposentou-se em 1972. Nascido na Bahia, em 1906, ele exerceu várias funções na vida pública, entre elas o de auditor de guerra e comissário de polícia.
A cerimônia de inauguração foi conduzida pelo presidente do TJRJ, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, e contou com a participação do presidente do Comitê de Promoção da Igualdade de Gênero e de Prevenção e Enfrentamento dos Assédios Moral e Sexual e da Discriminação (COGEN), desembargador Wagner Cinelli; do desembargador aposentado Paulo Sérgio de Araújo e Silva Fabião; da presidente da Associação de Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj), juíza Eunice Haddad; e da diretora do Museu da Justiça, Siléa Macieira. Quem passar pelo local vai ter a oportunidade de conhecer um pouco da obra deixada pelo homenageado em 20 quadros expostos.
“A criação do espaço foi uma maneira que encontramos para reunir algumas das obras com referência de passagens bíblicas e homenagear o autor compartilhando com servidores e o público em geral os quadros expostos no hall da Lâmina III. A memória do Tribunal não pode ser perdida. Portanto, usufruam da cultura deixada por ele”, destacou o presidente Ricardo Rodrigues Cardozo.
Sempre dividido entre o Direito e a arte, Deocleciano buscou aproximar essas duas áreas do conhecimento humano. Nas artes plásticas, produziu trabalhos no campo do desenho, escultura e pintura. Parte de sua obra literária retrata os problemas que afligem o povo nordestino. Suas obras também têm uma concepção místico-religiosa. Para a decoração interna do atual Palácio da Justiça, concebeu uma série de 44 relevos inspirados nas parábolas do Novo Testamento, descritos em seu livro “As Parábolas”, publicado em 1969. As obras representam a sua concepção de cada uma das parábolas da Bíblia, que extraiu do Novo Testamento.
Obras executadas pelo desembargador Deocleciano Martins de Oliveira Filho em relevo e inspiradas nas parábolas do Novo Testamento estão exposta no espaço
Em 1966, elaborou o projeto de execução das estátuas “Lei”, “Justiça”, “Equidade” e de Rui Barbosa. Hoje, elas ornamentam as fachadas e entorno do atual Palácio da Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Nesta exposição virtual estão expostas fotografias que mostram a sua rotina como artista, e obras que o magistrado, conhecido como “Escultor da Justiça” e falecido em 1974, deixou para o TJRJ como legado.
O desembargador aposentado Paulo Sérgio de Araújo e Silva Fabião disse que a homenagem foi merecida. Amigos e colegas de toga, ele acompanhou a trajetória dele de perto.
“Deocleciano Martins de Oliveira Filho era uma pessoa que conseguia congregar as pessoas pela cultura e através da Justiça. Como desembargador, ele honrou a toga durante toda a sua trajetória na magistratura”, disse.
Fotos: Brunno Dantas/ TJRJ
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