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A evacuação de civis da cidade de Mariupol, no sul da Ucrânia, foi interrompida em meio a acusações de violações do cessar-fogo por parte das forças de ocupação russas.
A trégua temporária havia sido anunciada pela Rússia para a manhã deste sábado (05/03) e permitiria a saída de pessoas por meio de corredores humanitários, como tinha sido acordado nas negociações entre Moscou e Kiev em Belarus.
"Devido ao fato de que o lado russo não aderiu ao cessar-fogo e continua bombardeando Mariupol e seus arredores, a evacuação da população civil foi adiada", diz um comunicado divulgado pela prefeitura nas redes sociais.
Mariupol tem cerca de 450 mil habitantes e está sob cerco da Rússia desde o início da semana, o que provocou o corte no abastecimento de água potável.
"Pedimos para todos os residentes de Mariupol se dispersarem e ir para lugares onde possam se abrigar", acrescenta a nota, ressaltando que negociações estão em curso para retomar a evacuação.
Já o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse em coletiva de imprensa que "ninguém se apresentou nos corredores humanitários" abertos neste sábado - além de Mariupol, o cessar-fogo envolve o município de Volnovakha, de pouco mais de 20 mil habitantes.
"Esperamos que o acordo sobre os corredores humanitários seja aplicado e que seja permitido aos civis deixar a Ucrânia", ressaltou o chanceler.
Estima-se que mais de 200 mil pessoas possam deixar Mariupol e que outras 15 mil possam sair de Volnovakha.
O sul da Ucrânia tem sido um dos principais palcos da guerra, já que a Rússia tenta bloquear o acesso ao Mar Negro. A cidade de Kherson, de 300 mil habitantes, já foi conquistada pelas forças russas, que agora seguem em direção a Odessa, terceiro município mais populoso do país, com 1 milhão de moradores.
Até o momento, a guerra na Ucrânia já gerou mais de 1,2 milhão de refugiados e o conflito será tema de uma nova reunião do Conselho de Segurança da ONU na próxima segunda-feira (07/03). (Do Ópera Mundi)
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