ÚLTIMA HORA- Jornalismo Democrático - Por Filinto Branco. Colunista político

ÚLTIMA HORA- Jornalismo Democrático - Por Filinto Branco. Colunista político

Amigos leitores, este é o último artigo antes de sair para umas merecidas férias. Durante 3 semanas, poupareios de ler estes rabiscos, que tento que não sejam por demais enfadonhos.

Dia 1° de abril, não é mentira, fez 60 anos do golpe militar que derrubou João Goulart e institui a ditadura no Brasil.  Relembrando esse triste período, vou falar um pouco do papel do nosso jornal Última Hora na resistência a ditadura.

O Jornal Última Hora, fundado pelo jornalista Samuel Wainer em 12 de junho de 1951, desempenhou um papel significativo durante o período da Ditadura Militar no Brasil (1964-1985). O jornal tinha uma postura política clara desde o início do golpe. Diferentemente de outros veículos de comunicação como o Globo e o Estadão, que colaboraram e apoiaram os militares, o Última Hora imprimia em suas páginas um posicionamento político explícito, de defesa da democracia.

O Última Hora era conhecido por defender incisivamente a democracia, o desenvolvimento e a soberania nacional. Seus editoriais eram veementes em apoiar a população e criticar o regime autoritário. Durante o governo de João Goulart, o jornal acompanhou de perto as mudanças políticas e sociais propostas pelo presidente. As “Reformas de Base”, que incluíam desapropriações de terras, nacionalização das refinarias de petróleo e reforma eleitoral, eram temas frequentes nas páginas do Última Hora.

Além disso, o jornal também desempenhou um papel importante ao informar a população sobre os acontecimentos políticos e sociais durante a ditadura. Sua cobertura abrangente e corajosa contribuiu para a conscientização pública e para a resistência contra o regime autoritário, que gerou por parte desse uma perseguição ao jornal, acarretando graves prejuízos que mais tarde acabaram inviabilizando sua continuidade.

O Última Hora foi um dos jornais de grande circulação mais relevantes da história da imprensa brasileira. Sua atuação na luta contra a ditadura militar deixou um legado de defesa dos direitos democráticos e da liberdade de expressão. Mesmo enfrentando pressões e censura, o jornal persistiu em informar e questionar, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e livre.

Em tempos sombrios, o Última Hora foi uma voz corajosa e comprometida com a verdade, e sua história permanece como um exemplo de resistência e engajamento na busca por um Brasil melhor.

Hoje, o jornalismo mudou a sua forma, a impresao já não tem grande importância. O Última Hora on line mantém os ideais do bom jornalismo criado por Samuel Wainer na sua antiga versão, porém mais dinâmico, em tempo real. Como tudo tem mudado com tanta velocidade, também a forma de produzir e consumir notícias tem que se adaptar aos novos tempos.

Saudações democráticas. Até maio.

Filinto Branco – colunista político.

 

 

 

Por Jornal da República em 06/04/2024
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