6 por meia duzia: Ninguém sabe se a Maternidade Mariana Bulhões virou Hospital Iguassú ou Hospital Iguassú virou Maternidade Mariana Bulhões, investimentos milionários em saúde com profissionais à deriva e fora do aumento de 5,26%

O paradoxo: renascimento de hospital não apaga a desvalorização de seus profissionais

6 por meia duzia:  Ninguém sabe se a Maternidade Mariana Bulhões virou Hospital Iguassú ou Hospital Iguassú virou Maternidade Mariana Bulhões,  investimentos milionários em saúde com profissionais à deriva e fora do aumento de 5,26%

Um novo hospital com velhas políticas?

A transformação do antigo Hospital Iguassú na nova Maternidade Mariana Bulhões é um símbolo de renovação em Nova Iguaçu. Porém, a persistência de políticas que excluem os profissionais da saúde e educação de aumentos salariais reflete uma continuidade de velhas práticas em um contexto de novas instalações. Este contraste levanta questionamentos sobre a capacidade da administração municipal de alinhar suas políticas de desenvolvimento físico com as necessidades e valorização de seu capital humano.

Foi anunciado que Nova Iguaçu ganhou uma nova maternidade em abril de 2024, o Hospital Iguassú, desativado há 15 anos, sua mais nova unidade de saúde, promete funcionar como uma moderna maternidade com capacidade para cerca de 2,6 mil atendimentos por mês.

Após uma disputa judicial, a Prefeitura assumiu a gestão e deu início à reforma e modernização do prédio.

Para se tornar uma unidade voltada exclusivamente a gestantes, o hospital foi totalmente remodelado, incluindo a troca de instalações elétricas e hidráulicas, tubulações de oxigênio, adequações de leitos e UTIs, reforma do telhado, entre outras intervenções na parte estrutural. 

A nova unidade vai absorveu toda a demanda de gravidez de alto risco da antiga Maternidade Mariana Bulhões, que permanecerá funcionando para casos de baixa complexidade.

Ou seja a unidade de saúde passará a se chamar Hospital Iguassú Maternidade Mariana Bulhões e segundo a prefeitura contará com 112 leitos, sendo 68 em 17 quartos coletivos, 20 na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) neonatal, 10 na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (UCIN) e cinco na UTI materna, além de leitos em quartos pré e pós-parto. 

“Foi preciso praticamente reconstruir o prédio, mas preservando toda a sua parte histórica, como a fachada original de 1935. É um hospital de suma importância para a nossa cidade, que agora está adequado às normas técnicas e apto para atender não somente a população de Nova Iguaçu, como de toda a Baixada Fluminense”, afirma o médico Luiz Carlos Nobre Cavalcanti, secretário de Saúde de Nova Iguaçu.

Enxugando Gelo, 6 por meia duzia 

A Maternidade Mariana Bulhões que passou por reformas em 2020, começa a ser sucateado e descartado, face ao novo Hospital Iguassú.

A Maternidade Mariana Bulhões era referência no atendimento de média e alta complexidade às gestantes de toda a Baixada Fluminense, e, passou por reforma há pouco anos, agora fica na geladeira, ou seja, para população não existe novo hospital, e sim um velho hospital maternidade novo, e uma enxurrada de dinheiro público envolvido em ano eleitoral.  

Maternidade Mariana Bulhões

Nova Iguaçu: funcionários da educação e saúde não terão aumento de 5,26%

A situação levanta questões sobre as prioridades da administração municipal e o valor atribuído aos profissionais que sustentam os pilares da educação e saúde na cidade.

Na última semana, a Prefeitura de Nova Iguaçu começou a pagar o reajuste de 5,26% para os funcionários públicos da cidade. Contudo, o valor, retroativo ao mês de janeiro, que começará a ser pago na próxima semana, não contemplará nenhum dos funcionários da saúde e da educação. Procurado, o Executivo municipal não explicou o porquê da decisão.

“Ficam excetuados da concessão prevista no caput os ocupantes dos cargos de Magistério, bem como os ocupantes dos cargos de Técnico de Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem e de Enfermeiro que estão submetidos ao Piso Municipal estabelecido para cada profissional”, destacou o prefeito Rogerio Martins Lisboa (PL), no Diário Oficial.

A correção dos salários do funcionalismo foi calculada a fim de parear o ganho dos estatutários às perdas salariais do último ano, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) — variação da inflação medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística— acumulado ao longo de 2023.

Segundo dados do IPCA, a inflação acumulada em 12 meses até dezembro de 2023 chegou a 5,26%.

Com informações do Extra

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Por Ralph Lichotti

 

 

 

 

 

 

 

Por Jornal da República em 20/04/2024
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