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Financiamento
Pasmem, em sete dias o Google pagou quase meio milhão de reais em anúncios nas redes sociais da Meta (Facebook e Instagram) contra a votação do PL 2630/2020, o PL das Fake News. A plataforma lançou mão da máxima: tem dinheiro, então dá pra fazer e, dessa forma, usar o ambiente digital para influenciar a opinião pública contra a proposta.
Abuso online
A informação é fruto de um levantamento jornalístico da Agência Pública, em que revelou que entre os dias 30 de abril e 6 de maio, o maior site de busca do Planeta pagou R$ 470 mil em anúncios às duas plataformas. As campanhas iniciaram às vésperas da votação do projeto de lei na Câmara dos Deputados e o objetivo-fim era evitar a votação e mudar o teor do texto. Uma parte da estratégia surtiu efeito.
Estratégia calculada
Em abril, o Google já gastava uma fortuna em anúncios para interferir na votação do projeto. Só naquele mês foram R$ 670 mil. A ação, em vídeos curtos, continha a informação de que "o PL 2630 pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil" e ainda que "o PL das Fake News pode aumentar a desinformação no Brasil e piorar a sua internet".
Ou se enquadra...
A plataforma Telegram teve que se curvar à Justiça brasileira e apagou mensagem contrária sobre o PL 2630 postado ontem às suas centenas de usuários. Determinação do ministro do STF, Alexandre de Moraes, ordenava a retirada imediata da mensagem sob pena de a plataforma ficar 72 horas fora do ar e multa de R$ 500 mil por hora.
Perdeu
Por 8 votos a 2, a corte do Supremo Tribunal Federal derrubou, durante sessão na tarde desta quarta-feira, 10, o indulto concedido pelo ex-presidente Bolsonaro ao então deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), ano passado. A graça foi concedida por decreto presidencial um dia depois de Silveira ter sido condenado a 8 anos e 9 meses de prisão em regime fechado por incitar e participar de atos antidemocráticos.
Pena
Sem mandato parlamentar, Daniel Silveira está preso há 3 meses no presídio Bangu 8, no Rio de Janeiro, por ter desobedecido medidas cautelares, como o não uso da tornozeleira eletrônica. Com a queda do perdão presidencial, juristas afirmam que ele deve começar a cumprir a pena estabelecida no julgamento.
Gilmar irônico
Ao proferir seu extenso voto pela derrubada do perdão presidencial concedido à Daniel Silveira, o ministro Gilmar Mendes usou de ironia fina para chamar a atenção a um proselitismo recorrente entre os políticos: falam muitas vezes em seus discursos, principalmente em época eleitoral sobre o sistema penitenciário, mas não visitam ou não conhecem esses locais. "Tendo esses parlamentares descobertos que existe presídio no Brasil".
Crítica
Gilmar Mendes afirmou que antes era muito raro ver ou se ter notícia de parlamentar visitando presídio e vendo a verdadeira realidade desses locais. O ministro Alexandre de Moraes acrescentou que falta um projeto melhor elaborado para o sistema penitenciário do país. Mendes completou que, mesmo tendo comissões de Segurança Pública e de Direitos Humanos no Congresso Nacional, "não constam nenhuma preocupação com o sistema penitenciário".
Sangue nos olhos
Parlamentares do Norte e de Mato Grosso não pouparam críticas ao diretor-presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, e às ações do órgão em cidades destes Estados. Convidado para uma reunião com as bancadas federais destas localidades, na tarde de hoje, na Câmara dos Deputados, Agostinho foi o alvo principal dos discursos duros contrários aos embargos feitos pelo órgão naquela região.
Firme
Mas Rodrigo Agostinho não se intimidou e afirmou que o Ibama não tem interesse de prejudicar ninguém e que não tem problema pessoal com ninguém. No entanto, frisou, vai agir com rigor na forma da lei para combater o desmatamento na Amazônia, que está crescente em 15 cidades da Amazônia Legal. "Eu não posso deixar de cumprir a lei. Eu preciso baixar a taxa desmatamento", afirmou.
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