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Ganhou 1º lugar em todos os noticiários do país as notas de repúdio contra o Deputado “mamãe falei” sobre as barbaridades que disse sobre as mulheres da Ucrânia, com razão é claro, mas o que apavora os remanescentes da Semana da Arte Moderna de 1922, é que depois de 100 anos do encontro que reuniu Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Plínio Salgado, Sérgio Milliet, Heitor Villa-Lobos,Tácito de Almeida, Di Cavalcanti, entre outros, a cultura tupiniquim tem como a música mais tocada “malvadão”.
“Só vapo, vapo do malvadão, oh
Ela joga beijo, faz carão, de quatro, de quatro, que tesão”
Mahatma Gandhi dizia "Fale apenas onde melhorar o silêncio", será as músicas que tocam na rádio melhor que o Silêncio? Será que a fraca formação educacional brasileira está contribuindo para tanta desinformação, a juventude é constantemente exposta a todo estímulo sensual e sexual que altera o curso de suas vidas a todo momento, as gravadoras não lançam mais nada que faça ter alguma reflexão crítica, Legião Urbana, Chico Buarque, etc ...
Existe uma inversão da ordem do reino, ou dois pesos e duas medidas, pois as mesmas criticas feita ao jovem deputado fanfarrão e ex-protetor da família, da pátria e da moralidade, não são feitas nas músicas mais tocadas do Brasil, que fazem todos dançar, tratando mulheres como objetos, vejamos letra de outra faixa entre as mais tocadas em todas as rádios e mídias "Tapão na Raba":
“Tu sentando gostoso, com olhar bandido
Dizendo não para, não para
Tu gemendo com olhar manhoso
Pedindo pra mim dar tapa na tua cara
Eu 'to com saudade de te deixar louca
De beijar sua boca e chamar de safada
No espelhado, nós dois suados
É puxão de cabelo, é tapão na raba”
15 anos de Lei Maria da Penha
No ano em que a Lei Maria da Penha completa 15 anos; existe quase 200 propostas em análise na Câmara visando alterá-la, mas como punir um jovem que que liga o rádio e parece ser normal para ele dizer “É puxão de cabelo, é tapão na raba”,
Vivemos uma época onde todos estão informados, mas poucos formados de um senso crítico e capacidade de analisar e discutir problemas inteligente e racionalmente, sem aceitar, de forma automática, suas próprias opiniões ou opiniões alheias.
Ocorre que se um jovem passar uma mensagem de texto dizendo que vai dar “tapão na raba” e a mulher denunciar ganhará um processo criminal quase indefensável, enquanto quem propaga nas rádios que faz atrocidades com as mulheres nas suas músicas, estão impunes e servindo de exemplo de artista bem sucedido e rico, para milhões que querem seguir a carreira artística e ter sucesso.
Em meio à guerra, comandante do Exército Brasileiro faz viagem urgente aos Estados Unidos
O serviço obrigatório nas forças armadas procura sempre jovens com pouca formação, pois diz o velho jargão "É mais fácil construir um menino que consertar um homem", nenhum homem formado e de consciência mediana irá aceitar ir para uma guerra que não é sua e de sua família.
Qual o limite da falta de censura no Brasil?
Pela primeira vez depois da redemocratização, um filme de 2017 sofre censura no Brasil.
O Ministério da Justiça determinou, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor, a remoção do filme “Como se tornar o pior aluno da escola” de plataformas de streaming.
O despacho, publicado nesta terça-feira (15) no Diário Oficial da União, impõe multa de R$ 50 mil caso “a disponibilização, exibição e oferta” do filme não sejam interrompidas em até cinco dias, “tendo em vista a necessária proteção à criança e ao adolescente consumerista”, diz o documento, assinado pela diretora do Departamento de Proteção e de Defesa do Consumidor, Lilian Brandão.
Foram citadas as plataformas e empresas Netflix, Globoplay, Telecine, Youtube, Apple e Amazon.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, compartilhou a decisão em suas redes sociais. Anteriormente, Torres já havia se manifestado sobre a polêmica, dizendo que tinha pedido a “vários setores” do Ministério que adotassem as medidas cabíveis.
O ministro foi endossado por outros membros do governo federal, como o secretário de Cultura, Mário Frias, e a ministra Damares Alves, da pasta da Mulher, Família e Direitos Humanos. Damares afirmou ter pedido à Secretaria dos Direitos da Criança e do Adolescente e à Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos que apurassem os fatos e “tomem providências cabíveis”.
Reação de Porchat e Gentili
A assessoria de Porchat afirmou que não comentaria mais sobre o assunto. Antes da publicação do despacho, porém, o comediante respondeu a críticas que circulavam na internet e citou outros papéis da ficção que traziam vilões que fazem “coisas horríveis”, citando exemplos internacionais e nacionais.
“O Marlon Brando interpretou o papel de um mafioso italiano que mandava assassinar pessoas. A Renata Sorrah roubou uma criança da maternidade e empurrava pessoas da escada. A Regiane Alves maltratava idosos. Mas era tudo mentira, tá gente? Essas pessoas na vida real não são assim. Temas super pesados são retratados o tempo todo no áudio visual”, diz a nota do ator.
“[…] quando o vilão faz coisas horríveis no filme, isso não é apologia ou incentivo àquilo que ele pratica, isso é o mundo perverso daquele personagem sendo revelado. Às vezes é duro de assistir, verdade. Quanto mais bárbaro o ato, mais repugnante”, complementou Porchat. Leia o posicionamento na íntegra:
“Vamos lá: como funciona um filme de ficção? Alguém escreve um roteiro e pessoas são contratadas para atuarem nesse filme. Geralmente o filme tem o mocinho e o vilão. O vilão é um personagem mau. Que faz coisas horríveis. O vilão pode ser um nazista, um racista, um pedófilo, um agressor, pode matar e torturar pessoas… O Marlon Brando interpretou o papel de um mafioso italiano que mandava assassinar pessoas. A Renata Sorah roubou uma criança da maternidade e empurrava pessoas da escada. A Regiane Alves maltratava idosos. Mas era tudo mentira, tá gente? Essas pessoas na vida real não são assim. Temas super pesados são retratados o tempo todo no áudio visual. E as vezes ganham prêmios! Jackie Earle Haley concorreu ao Oscar em 2007 interpretando um pedófilo no excelente filme “Pecados Íntimos”. Só que quando o vilão faz coisas horríveis no filme, isso não é apologia ou incentivo àquilo que ele pratica, isso é o mundo perverso daquele personagem sendo revelado. Às vezes é duro de assistir, verdade. Quanto mais bárbaro o ato, mais repugnante. Agora, imagina se por conta disso não pudéssemos mais mostrar nas telas cenas fortes como tráfico de drogas e assassinatos? Não teríamos o excepcional Cidade de Deus? Ou tráfico de crianças em Central do Brasil? Ou a hipocrisia humana em O Auto da Compadecida. Mas ainda bem que é ficção, né? Tudo mentirinha.”.
Nas redes sociais, Gentili comentou o caso: “o maior orgulho que tenho na minha carreira é que consegui desagradar com a mesma intensidade tanto petista quanto bolsonarista”, escreveu. “Os chiliques, o falso moralismo e o patrulhamento: veio forte contra mim dos dois lados”.
O Globoplay e o Telecine se manifestaram, em nota, dizendo que decisão é inconstitucional. Leia a íntegra da nota:
“O Globoplay e o Telecine estão atentos às críticas de indivíduos e famílias que consideraram inadequados ou de mau gosto trechos do filme Como Se Tornar O Pior Aluno Da Escola mas entendem que a decisão administrativa do ministério da Justiça de mandar suspender a sua disponibilização é censura. A decisão ofende o princípio da liberdade de expressão, é inconstitucional e, portanto, não pode ser cumprida.
As plataformas respeitam todos os pontos de vista mas destacam que o consumo de conteúdo em um serviço de streaming é, sobretudo, uma decisão do assinante – e cabe a cada família decidir o que deve ou não assistir.
O filme em questão foi classificado, em 2017, como apropriado para adultos e adolescentes a partir de 14 anos pelo mesmo ministério da Justiça que hoje manda suspender a veiculação da obra.”
Por Ralph Lichotti - Advogado e Jornalista - Diretor da Tribuna da Imprensa
Fonte CNN.
Imagens: Redes Sociais
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