Acusado de estupro, agressões e orgias com menores, ex-PM e youtuber Gabriel Monteiro chega à delegacia

Acusado de estupro, agressões e orgias com menores, ex-PM e youtuber Gabriel Monteiro chega à delegacia

Na casa do vereador do Rio, youtuber e ex-PM Gabriel Monteiro — um dos 11 endereços da operação desta quarta-feira — os investigadores da 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) apreenderam todos os armamentos dos seguranças do parlamentar. No local os agentes encontram uma escopeta calibre 12, seis pistolas, sendo uma delas do político, e coletes à prova de bala. Todos os aparelhos telefônicos, inclusive os celulares usados por PMs que faziam a escolta de Monteiro, e um dos carros do político foram apreendidos. Os policiais saíram da casa levando documentos encontrados.

Agentes da 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) e de outras delegacias distritais estiveram na casa e no gabinete do parlamentar na Câmara de Vereadores do Rio e em outros nove endereços de assessores, ex-assessores e até de um empresário ligados a ele. O parlamentar é investigado pelo crime de disponibilizar registros que contenham cenas de sexo explícito ou pornografia envolvendo criança ou adolescente.

— Eu vim prestar depoimento e lembrando que não encontraram nada ilegal na minha casa, tudo perfeito. Eu só vim depor. Todos os armamentos são legais e não tem nada irregular. Provavelmente, tudo será entregue agora — disse Monteiro ao chegar na delegacia do Recreio.

Ao todo, os policiais estiveram em 11 endereços na manhã desta quinta-feira, como de assessores e ex-funcionários do vereador. Os envolvidos serão novamente ouvidos, segundo o delegado Luís Armond, titular da 42ª DP. Com a chegada do vereador, ele explicou:

— Veio prestar esclarecimentos sobre tudo e acompanhar o que foi apreendido.

Mais cedo, o delegado já havia destacado as apreensões na casa do parlamentar. Do endereço residencial foram levados para perícia um carro blindado e armas e equipamentos usados pelos seguranças de Monteiro. Todos oselementos vão passar por análise, afirmou Armond:

— Pistolas, armas longas, carregadores, coletes, tudo está sendo trazido para cá, vai ser feito o levantamento para ver se existe alguma restrição, se existe alguma situação que deva ser levada em conta. E aí vamos verificar, depois dessa análise, o que fazer com esse armamento.

O principal foco de apreensão da operação, no entando, são mídias, como fotos e vídeos, que seriam registros de cenas de sexo explícito ou pornografia envolvendo criança ou adolescente ao qual ex-funcionários dizem terem sido feitas por Gabriel Monteiro.

— O objetivo principal de todas essas buscas, de todas essas situações, era, em especial, as questões midiáticas pelos delitos que estão sendo investigados se ocorreram ou se não ocorreram. Então nós buscamos computadores, mídias de armazenamento, celulares, todos os celulares foram apreendidos, de todas as pessoas envolvidas. Não foi realizada somente a busca na residência do vereador Gabriel Monteiro, mas foi realizada também em todas as partes envolvidas, os ex-assessores, o empresário Sorrilha.

Na decisão do juiz Guilherme Grandmasson Ferreira Chaves, do plantão judicial, autoriza, a pedido do delegado Luís Armond, a apreensão de material e outros objetos que possa conter relação com a prática desse tipo de crime, como laptops, computadores, tablets, celulares, kindles, smartphones, mídias externas e portáteis, como HDs, pendrives, CDs e DVDs.

Entre os endereços para cumprimento dos mandados, estão as residências dos funcionários e ex-funcionários Heitor Monteiro de Nazaré Neto, Matheus Souza de Oliveira, Fábio Neder Fernandes Di Leta, Vinícius Hayden Witeze, Rick Mamede Dantas e do empresário Rafael Sorrilha. Por volta das 6h20, equipes da Polícia Civil chegaram na casa do vereador, onde ficaram por pouco mais de uma hora e levaram documentos e HDs. Pouco antes das 7h, agentes também chegaram na Câmara do Rio, onde o gabinete de Monteiro é o alvo.

A decisão judicial autoriza também a quebra de sigilo telefônico e informático de todo o conteúdo apreendido ou qualquer outro objeto que tenha conexão com o suposto crime praticado, considerados pela polícia fundamentais para as investigações. O documento ainda permite a quebra de sigilo de mensagens em aplicativos de bate-papo, ligações, todas as fotos e todos os arquivo de vídeo compartilhados. (Do Extra)

Por Jornal da República em 07/04/2022
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