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Moradores do bairro do Pechincha, na zona oeste do Rio de Janeiro, testemunharam cenas de horror quando uma advogada agrediu violentamente sua cadela de estimação na sacada de seu apartamento. As imagens da agressão, que aconteceu à vista de adultos e crianças do condomínio, geraram imediata mobilização dos vizinhos, chocados com a brutalidade das vassouradas desferidas contra o animal indefeso. O caso rapidamente mobilizou autoridades e reacendeu o debate sobre a proteção dos animais domésticos e as punições previstas em lei para casos de maus-tratos.
Testemunhas relataram que a cadela chorava desesperadamente enquanto tentava escapar das agressões, buscando proteção em qualquer canto da sacada. "O animal estava em pânico, tentando fugir a qualquer custo", contou um morador que preferiu não se identificar. Diante da gravidade da situação, vizinhos não hesitaram em acionar a polícia civil, registrando o momento exato das agressões para servir como prova. A rápida mobilização dos moradores foi crucial para que as autoridades pudessem agir com presteza no caso que comoveu a comunidade local.
A intervenção foi realizada pelo grupo especializado em proteção animal "Garras da Lei", juntamente com policiais civis, que prenderam a agressora em flagrante delito. Surpreendentemente, a acusada permitiu a entrada dos agentes em sua residência sem resistência. Após a detenção da tutora, os agentes resgataram a cadela maltratada e a encaminharam imediatamente para atendimento veterinário em uma clínica localizada no bairro da Taquara, também na zona oeste da cidade. O caso foi registrado como crime de maus-tratos, previsto na Lei Federal 14.064/2020, que estabelece pena de reclusão de dois a cinco anos para agressores de cães e gatos.
O laudo veterinário confirmou o sofrimento imposto ao animal, identificado como Belinha. Segundo o documento médico, a cadela apresentava quadro febril, significativa dificuldade de locomoção e extrema sensibilidade nas áreas que receberam os golpes com a vassoura. "O exame físico revelou hematomas consistentes com trauma contundente, compatível com o relato das testemunhas", explicou o veterinário responsável pelo atendimento. A equipe médica informou que Belinha permanecerá sob cuidados profissionais até sua completa recuperação, quando deverá ser encaminhada para um lar temporário enquanto o processo judicial contra sua antiga tutora segue em andamento.
As autoridades reforçam a importância da denúncia em casos de maus-tratos contra animais, crime que tem punições cada vez mais severas no Brasil. Para reportar situações semelhantes, a população pode entrar em contato com a polícia militar pelo telefone 190, com a prefeitura do Rio de Janeiro através do número 1746 ou dirigir-se à delegacia mais próxima. Especialistas em direito animal destacam que o engajamento da sociedade é fundamental para coibir abusos, lembrando que os animais domésticos são legalmente reconhecidos como seres sencientes, capazes de sentir dor e sofrimento, merecendo proteção integral do poder público e da comunidade.
Texto; Leo Ferreira, Instagram @leo_ferreira_adestramento
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