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O número de mortos após fortes chuvas e inundações que atingiram o oeste da Alemanha subiu para ao menos 104 nesta sexta-feira (16/07), e centenas de pessoas são consideradas desaparecidas.
A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que se trata de uma catástrofe. "As pessoas tiveram que escalar os telhados para se salvar", afirmou. "Estou de luto pelos que perderam as vidas. Não sabemos ainda quantos, mas serão muitos", completou.
A grande quantidade de água transformou ruas em rios, com correntezas que varreram carros, arrancaram árvores e causaram o desabamento de casas. Interrupções nas linhas telefônicas fazem com que seja difícil traçar um retrato preciso da situação nos dois estados mais afetados, Renânia do Norte-Vestfália e Renânia Palatinado.
Mesmo com o fim das chuvas torrenciais, barragens que transbordaram ou ameaçam romper seguem ameaçando a região.
"A situação continua dramática", afirmou a governador da Renânia-Palatinado, Malu Dreyer, dois dias após chuvas intensas assolarem a região.
Mais de 50 pessoas morreram somente no estado e, segundo um porta-voz da polícia, teme-se que o número continue a subir. "O fato de tantas pessoas terem morrido nesta catástrofe é realmente terrível", lamentou Dreyer.
A governadora apontou que resgatar moradores de suas casas é difícil, pois o acesso a muitas localidades é limitado. "Tudo isso é um grande desafio para nossas equipes de resgate, que trabalham ininterruptamente", disse.
No distrito de Ahrweiler, no norte da Renânia-Palatinado, uma das áreas mais assoladas pela catástrofe, autoridades afirmaram que 1.300 pessoas seguiam desaparecidas na manhã desta sexta. Uma porta-voz disse, no entanto, que o alto número está ligado ao colapso da rede de telefonia móvel, levando muitas pessoas a ficarem incomunicáveis. Mais de mil socorristas seguem trabalhando na área. As autoridades locais pediram o reforço de unidades sanitárias e de transporte e das Forças Armadas.
Barragens e casas afetadas
Em Erftstadt, ao sul de Colônia, na Renânia do Norte-Vestfália, construções desabaram na manhã desta sexta, deixando mortos. As autoridades locais ainda não conseguiram confirmar o número de vítimas, em meio a problemas de comunicação com a área afetada.
No estado vizinho, ao menos seis casas já haviam desabado no distrito de Ahrweiler, e outras dezenas correm risco.
A barragem de Rur (Rurtalsperre) – que represa o rio Rur na região de Aachen e no distrito Düren, no sudoeste da Renânia do Norte-Vestfália – transbordou na madruga desta sexta. Com isso, localidades como Düren e Jülich correm o risco de serem inundadas.
A barragem de Steinbach, perto de Euskirchen, também corre o risco de romper. A rodovia A61, que passa pela região, está fechada desde quinta.
Outras rodovias também foram fechadas, e algumas cidades foram preventivamente evacuadas. Alguns governos municipais declararam estado de emergência.
O transporte ferroviário continua afetado tanto na Renânia do Norte-Vestfália quanto na Renânia-Palatinado.
Em decorrência da catástrofe climática, 165 mil pessoas seguem sem energia elétrica.
No município de Stolberg, perto da cidade de Aachen, o abastecimento de água potável está comprometido, e os cidadãos foram instruídos a ferver a água antes do uso.
A catástrofe também fez vítimas na Bélgica. Segundo a imprensa local, o número de mortos chegou a 20 nesta sexta.
Governo federal promete ajuda
Em visita a Washington, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, prometeu ajuda a moradores das áreas afetadas pela catástrofe. "Posso dizer para as pessoas: nós não lhes deixaremos sozinhos em momentos difíceis, terríveis. Também ajudaremos na reconstrução", disse Merkel.
O ministro do Interior alemão, Horst Seehofer, anunciou ampla ajuda financeira do governo federal para as áreas afetadas, a ser liberada dentro de poucos dias. O valor ainda não foi definido. Na chamada enchente do século dos rios Elba e Danúbio, que afetou oito estados alemães em 2013, o governo federal disponibilizou um fundo de ajuda de mais de 8 milhões de euros.
Em coletiva de imprensa ao lado do presidente americano, Joe Biden, Merkel também observou que "o número de fenômenos climáticos extraordinários aumentou dramaticamente" e que, portanto, o mundo precisa agir.
A ministra do Meio Ambiente da Alemanha, Svenja Schulze, afirmou que a catástrofe mostra que a mudança climática chegou ao país. "Trata-se de volumes de água históricos", disse. Ela defendeu que ajuda financeira chegue de maneira imediata aos atingidos.
Governo federal promete ajuda
Em visita a Washington, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, prometeu ajuda a moradores das áreas afetadas pela catástrofe. "Posso dizer para as pessoas: nós não lhes deixaremos sozinhos em momentos difíceis, terríveis. Também ajudaremos na reconstrução", disse Merkel.
O ministro do Interior alemão, Horst Seehofer, anunciou ampla ajuda financeira do governo federal para as áreas afetadas, a ser liberada dentro de poucos dias. O valor ainda não foi definido. Na chamada enchente do século dos rios Elba e Danúbio, que afetou oito estados alemães em 2013, o governo federal disponibilizou um fundo de ajuda de mais de 8 milhões de euros.
Em coletiva de imprensa ao lado do presidente americano, Joe Biden, Merkel também observou que "o número de fenômenos climáticos extraordinários aumentou dramaticamente" e que, portanto, o mundo precisa agir.
A ministra do Meio Ambiente da Alemanha, Svenja Schulze, afirmou que a catástrofe mostra que a mudança climática chegou ao país. "Trata-se de volumes de água históricos", disse. Ela defendeu que ajuda financeira chegue de maneira imediata aos atingidos. (Com informações da DW)
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