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Com a assinatura de pelo menos 30 deputados, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) terá uma Frente Parlamentar em Defesa do Transporte Ferroviário. O objetivo é acompanhar o processo de transição que o governo começará a fazer para substituir a Supervia na operação dos trens. A iniciativa já foi protocolada pela deputada Lucinha (PSD) que, durante sessão desta terça-feira (02/05), falou da necessidade de se garantir um serviço básico para a população até que todo processo seja concluído.
As informações são de Marcus Alencar, da Agenda do Poder.
“Hoje, por exemplo, o trem não saiu em Belford Roxo pela manhã. Mesmo que o estado faça nova licitação, a população não pode pagar esse preço. É preciso garantir o mínimo para as pessoas. A Supervia recebeu R$ 250 milhões para ser investido no sistema operacional, mas no fim do ano passado solicitamos a prestação de conta e eles não informaram. Por isso temos que acompanhar esse processo de perto”, alega a deputada.
A Alerj monitora a situação desde a semana passada, quando a empresa japonesa Mitsui – acionista majoritária da Supervia – decidiu devolver a concessão por conta de crise financeira. No mesmo dia, a Comissão de Transportes disse que criaria um grupo de intervenção para acompanhar o imbróglio. O que chama a atenção dos deputados é que, mesmo com aporte financeiro do governo, a empresa alega que a conta não fecha.
Porém, a concessionária tem uma das mais altas tarifas do país (R$ 7,40), em parte subsidiada pelo estado. Em 2022, o governo injetou R$ 400 milhões, mas os serviços não melhoraram para os usuários. O sistema conta com 204 trens que circulam em uma malha de 270 quilômetros, com parada em 104 estações ao longo de 12 municípios. Os vagões, que já transportaram 1,2 milhão de passageiros por dia, hoje não passa de 400 mil.
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