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Há algumas semanas, a China alertou sobre um surto de pneumonia em crianças associado à bactéria Mycoplasma pneumoniae. Agora, esse fenômeno se estende por pelo menos outros nove países, incluindo França, Estados Unidos, Dinamarca, Holanda, Suécia, Suíça, País de Gales, Eslovênia e Cingapura. Nesses locais, as crianças estão sendo as mais afetadas por esta nova ameaça respiratória.
Enquanto as autoridades de saúde pública monitoram a incidência global de infecções respiratórias graves, pais em todo o mundo estão atentos às notícias, questionando se essa nova pneumonia chegará ao Brasil e quão perigosa ela pode ser. Especialistas, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apontam que esse aumento nas infecções por Mycoplasma pneumoniae pode estar relacionado à resistência antimicrobiana e à queda na imunidade pós-pandemia.
O infectologista Julio Croda, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), destaca que o aumento de infecções pode ser atribuído ao relaxamento das medidas restritivas adotadas durante a pandemia de COVID-19. O fechamento de escolas isolou crianças, tornando-as mais suscetíveis a patógenos quando retomaram as atividades normais.
Além disso, a resistência aos antibióticos, especialmente a azitromicina, tem contribuído para casos mais graves, exigindo hospitalização. Croda alerta para a preocupação com o possível aumento de hospitalizações, principalmente em crianças, devido à população suscetível.
A questão que preocupa muitos brasileiros é se essa nova pneumonia chegará ao país. Croda acredita que é uma possibilidade, dado o cenário de população suscetível sem um sistema específico de monitoramento para Mycoplasma pneumoniae.
A transmissão da bactéria ocorre por meio de gotículas expelidas ao tossir ou espirrar, o que a torna altamente contagiosa. Os sintomas mais comuns incluem tosse seca, dor de garganta, cansaço, febre, dor no peito, desconforto e dor de cabeça. A dificuldade em distinguir esses sintomas de outras infecções torna essencial a realização de testes específicos.
O tratamento varia de casos leves, que podem não exigir antibióticos, a casos graves, que necessitam de medicamentos como macrolídeos, especialmente azitromicina. Embora a maioria dos casos tenha cura, a letalidade é rara, sendo comparável à pneumonia por influenza.
Crianças, devido à falta de infecção prévia, são o principal grupo de risco, seguidas pelos idosos. O surto inicial na China foi chamado de "pneumonia misteriosa" devido à ausência de uma causa definida, mas agora é atribuído principalmente à Mycoplasma pneumoniae.
Em resumo, o mundo enfrenta o desafio da ascensão da Mycoplasma pneumoniae, e o Brasil não está imune a essa preocupação global. A conscientização, a adoção de medidas preventivas e a prontidão para diagnóstico e tratamento são fundamentais para lidar com essa nova ameaça respiratória em expansão.
Fonte: Google.
Por: Arinos Monge.
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