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Estudantes de fotografia produzem imagens que retratam o cotidiano e pessoas da região onde moram. Iniciativa se intensificou na pandemia e serve como iniciativa para aprimorar o olhar dos futuros profissionais
Diferentes olhares que rendem imagens primorosas dos alunos do curso de produção audiovisual da Escola Técnica Estadual Adolpho Bloch (ETEAB), pertencente à Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), estão ganhando as redes sociais através do projeto Fotografando Meu Bairro. Iniciativa do professor Ângelo Duarte, coordenador do curso, estudantes da disciplina de fotografia exercitam o que aprendem na sala de aula, retratando em fotos pessoas e paisagens dos bairros onde vivem.
“Essa ideia surgiu na época em que eu trabalhei no jornal O Globo, no caderno de bairros. Foram 16 anos de imagens que ficaram guardados na minha mente e, quando vim para a Faetec pensei que esta seria uma excelente iniciativa para que os alunos voltassem seus olhares para o próprio bairro, para sua comunidade, especialmente porque temos estudantes de diferentes regiões do Rio de janeiro”, comenta o docente.
O projeto existe na rede social desde 2018, no entanto, foi na pandemia que ganhou mais intensidade para que os alunos pudessem praticar com mais afinco as ideias propostas pelos professores. Com a câmera do celular, os futuros fotógrafos vão aprimorando as noções de ângulo e luz, além da sensibilidade necessária para um profissional da área.
“A gente orienta com temas e eles sempre nos surpreendem, principalmente porque muitos deles não têm o material profissional, fazem com o celular. Fazemos questão de postar o resultado deles para que as pessoas do bairro, da família, a internet em geral, possam acompanhar o desenvolvimento deles. Este é um projeto pedagógico que, através do exercício do olhar, tem trazido resultados muito positivos”, dia Ângelo.
Entre os alunos que vêm criando gosto pela arte de fotografar, Gabriel Thor Souza, 16 anos, construiu seu olhar e amor à fotografia através das aulas.
“O intuito é a gente conhecer mais a história do nosso bairro, das pessoas, fazendo uma curadoria do lugar. A gente passa tantas vezes pelo mesmo lugar que, enquanto é algo corriqueiro para nós, para outras pessoas pode ser uma imagem marcante, tudo vai da interpretação de cada um”, diz Thor que pretende usar a fotografia como um complemento para a carreira musical. Violoncelista, ele acaba de ser selecionado para integrar a Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem.
Fazendo coro com o colega, Rian Gabriel Barbosa, já usou os ensinamentos das aulas para produzir seu próprio videoclipe.
“A fotografia eterniza momentos, ela é a leitura da alma através do olhar do fotógrafo e isso reacende memórias o tempo todo. Tudo o que eu aprendo nas aulas, tento reproduzir para ir melhorando esse olhar, porque é o que eu quero usar para aprimorar o que quero fazer, criar narrativas. O visual está muito ligado ao videoclipe e, como eu faço música, este é mais um recurso que tenho para realizar o me trabalho”, diz o jovem, que é cantor conhecido nas redes sociais como O”Silver.
Fonte: Joice Hurtado
Por Jéssica Porto e Robson Talber
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