Alunos da Faetec, em Nova Iguaçu, criam irrigador automático para plantações

Alunos da Faetec, em Nova Iguaçu, criam irrigador automático para plantações

  Imagine você deixar alguém tomando conta de sua plantação 24h por dia. Com essa ideia, os alunos do 1º e 3º ano do curso Técnico em Eletrônica da Escola Técnica Estadual João Luiz do Nascimento criaram um irrigador automático, que usa sensores para monitorar o nível de umidade do solo e as condições meteorológicas, determinando quando a planta precisa de água. Também existem sensores meteorológicos que podem ajustar o sistema com base nas condições climáticas do momento. 
 
Gabriel Passos de Souza, 16 anos, é aluno do 1° ano e conta que o projeto serve tanto para grandes quanto pequenas plantações.
 
“Escolhemos esse projeto para ajudar pequenos fazendeiros a economizar em suas plantações, pessoas que tem plantações e não possuem tempo para cuidar de suas plantas. O nosso projeto visa à sustentabilidade e praticidade. É ideal para aqueles que gostam de planta, mas não têm tempo de cuidar. É flexível e pode ser modificado de acordo com as suas necessidades”, diz o estudante.
 
Todo processo é feito por um microcontrolador Arduino, que é o cérebro do sistema e controlará o fluxo de água com base em instruções programadas com um código que define as condições para irrigação, com base nas leituras dos sensores e em suas preferências, como explica a aluna do 3º ano, Maria Eduarda Antonio Sousa, 17 anos.
 
“Por exemplo, você pode definir o nível de umidade do solo desejado para acionar a irrigação. O sistema faz leituras dos sensores de umidade do solo e/ou sensores meteorológicos em intervalos regulares para monitorar as condições do solo e do ambiente. Com base nas leituras dos sensores e nas configurações programadas, o Arduino decide quando é necessário irrigar as plantas. Se o Arduino determinar que a irrigação é necessária, ele atua sobre o atuador (relé ou válvula solenóide) para abrir a válvula de irrigação ou ligar a bomba de água. A água é então distribuída através das tubulações e emissores para as plantas”, ressalta Maria Eduarda.
 
Após o período de irrigação programado ou quando as condições de umidade desejadas são alcançadas, a válvula se fecha ou desliga a bomba de água. Todo sistema continua monitorando as condições do solo, do ambiente e ajusta a irrigação conforme necessário, além de evitar o desperdício de água. O projeto foi orientado pelos professores Mario Goretti dos Santos e Patrícia de Souza Bastos.

 

Por Joice Hurtado

Por Jornal da República em 14/11/2023
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