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O jogador recebeu diversas mensagens de apoio e muitos cobrando punição contra crimes de ódio. Mas é não hoje que que Vinícius Jr., de 22 anos, sofre preconceito, já foi alvo de abusos raciais por parte de torcedores adversários em pelo menos três ocasiões: no Camp Nou, jogo contra o Barcelona, em novembro de 2021; no estádio do Atlético, em setembro de 2022; e em Valladolid, no final de dezembro também de 2022. Ou seja, o caso é recorrente. Até quando???
"Os casos de racismo contra Vini Jr. nos possibilita compreender que o racismo está em todas as esferas sociais, que o racismo não tem a ver com classe social, que o racismo é aliado do patriarcado branco e tem origem eurocêntrica. O jogador, que vem há muito tempo se posicionando contra o racismo dentro e fora do Brasil, infelizmente não será a única vítima desse nefasto e repugnante ato de violência. Por isso, manifesto total apoio e solidariedade a Vini Jr. e espero, assim como todas, todes e todos que buscam contribuir e se empenhar na luta antirracismo", declarou o Prof. Dr. Babalawô Ivanir dos Santos, que é fundador do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP), liderança que atua há 40 anos em prol das liberdades, dos direitos humanos, das pluralidades contra o racismo e a intolerância religiosa.
Em nota, a LaLiga, responsa?vel pela organizac?a?o do Campeonato Espanhol, condenou o ataque e afirmou que vai investigar o caso. É pouco!
O caso está sob investigação, uma vez que se trata de "atitude perigosa, ofensiva e passível de processo criminal". É muito pouco!
A Comissão Estatal contra a Violência, o Racismo, a Xenofobia e a Intolerância no Esporte da Espanha, anunciou ontem, que aplicará punições a torcedores do Valladolid que proferiram insultos racistas contra Vinicius Junior. É quase nada!
Real Madrid e CBF repudiaram o ato racista contra Vinícius Junior. E vão ficar só nisso?
"O racismo sofrido pelo jogador é, sem sombra de dúvidas, resquícios da colonialidade que ainda hoje sustenta o imaginário social de boa parte da sociedade brasileira que acredita na inferioridade das pessoas pretas, das pessoas indígenas, das pessoas LGBTQIAPN+. Racismo é crime. Declara a Profa. Dra. Mariana Gino - Secrétaire Générale du Centre International Joseph Ki-Zerbo pour l'Afrique et sa Diaspora/N'an laara an saara. (CIJKAD-NLAS).
Esperamos que as autoridades possam esclarecer o ocorrido e que a justiça ajude a banir esse tipo de comportamento.
Por Babalawô Ivanir dos Santos
Da Editoria Última Hora
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