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O candidato à prefeitura de Paracambi Andrezinho Ceciliano prometeu que, se eleito, irá triplicar a frota de ônibus gratuitos oferecidos na cidade e criar um aplicativo para que os moradores possam acompanhar a localização dos veículos em tempo real. As promessas foram feitas durante uma caminhada no bairro do Paraíso nesta sexta-feira (30).
Os moradores denunciaram que chegam a esperar horas pelo Curió, serviço de transporte gratuito inaugurado pela prefeitura da cidade em 2023.
“Antigamente, Paracambi rodava com oito carros. Hoje, são cinco no total. Eu tenho o compromisso de manter a tarifa zero e ainda triplicar o número de carros”, declarou o candidato, que ainda enfatizou a criação de um aplicativo para que os munícipes possam acompanhar, em tempo real, a localização do ônibus.
“Para não precisar ficar uma hora e meia esperando o Curió cantar. O curió vai piar no seu celular para avisar sua hora de sair de casa”, brincou.
Foto: Rian Delaia
Maria de Fátima Costa, moradora que tem dificuldade de lomoção por um problema de saúde, diz que a mobilidade na região é péssima. “Nunca faltou ônibus no governo do André. No dela, não tem ônibus”, reclama a enfermeira aposentada que precisa solicitar motoristas de aplicativo quando é necessário se deslocar para algum outro bairro do município.
Rafaela Halfeld, que é cuidadora de Maria de Fátima, mora a apenas cinco quilômetros de distância do local de trabalho, mas precisa sair de casa às 5h30 da manhã para chegar na casa de dona Maria às 8h. A cuidadora ainda conta que já deixou o local de trabalho às 16h e, quando foi às 19h, o ônibus ainda não havia passado.
“Às vezes a gente junta umas quatro pessoas para pedir um Uber, porque a corrida dá, em média 20 ou 25 reais”, declara Rafaela ao lamentar ter de gastar tal valor por um trajeto que ele poderia fazer de forma gratuita com o Curió.
Sem água encanada no bairro, família “resolve” problema por conta própria
Além do transporte público, a falta de saneamento foi uma denúncia recorrente na caminhada. Sem água encanada e sem esgoto regular, os moradores tentam arrumar suas próprias soluções para amenizar os efeitos dos problemas.
Margarete Fernandes conta que ela e o marido conseguiram, por meio de doações, algumas manilhas para tentar proteger o solo da água suja. A preocupação da moradora é que o esgoto contamine a água que eles bebem, que vem do poço da família, já que na casa também não chega água encanada.
“A gente tenta contato com a prefeitura. Eles dizem que essa parte aqui é responsabilidade da rede ferroviária, mas a Supervia diz que não”, conta a moradora ao relatar um jogo de empurra entre as autoridades.
O morador Marlon da Conceição afirma que o bairro sofre com a falta de assistência da gestão municipal. “A prefeitura não vem aqui, não faz nada. O esgoto é jogado a céu aberto”, denuncia.
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