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A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, contou, em entrevista exclusiva ao ICL Notícias, que tem “nojo” e “repúdio” do ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida, acusado por ela e mais duas mulheres por casos de importunação sexual que estão sob investigação da PF (Polícia Federal). Anielle também falou que o governo e a sociedade precisam se unir contra a PEC que quer ampliar a proibição ao aborto legal no Brasil e diz que aguarda definições dentro do PT para pensar planos para 2026.
Na entrevista, Anielle disse que se sentiu muito exposta quando veio à tona o caso de importunação sexual que sofreu de Silvio Almeida. Ela revelou que foi questionada pela filha de oito anos sobre o episódio. “Eu me sentia muito exposta”, desabafa. “Minha filha me perguntando: mãe, por que toda hora você tá ali na tela e aparece sempre você e um rapaz”, conta. A íntegra será disponibilizada nos canais do ICL e do Eduardo Moreira no Youtube a partir das 12h30.
Anielle explica que para contar para a menina o que estava acontecendo usando uma analogia com um ritual que possui com a menina para explicar os lugares do corpo que não podem ser tocados. “Você sabe quando a mamãe fala com você? Quando você vai sair de casa?”, diz. “Pois é, aquele tio que você tava contando ali, que apareceu o tempo inteiro comigo naquela televisão, fez uma coisa com a mamãe que não pode fazer”, revela. Almeida é investigado pela PF, mas nega as acusações desde que o caso veio à tona.
Sobre a votação da PEC do Estupro, que pode reduzir o aborto legal no Brasil, a ministra afirma que esse assunto também é pauta do governo e as ministras da Saúde e das Mulheres não “fugirão” do debate. “Isso não é apenas uma pauta do governo. É óbvio que o governo tem que falar. Eu não acho que a Nísia ou a Cida vão fugir desse debate, pelo contrário”, diz.
Já em relação aos planos para 2026, Anielle deixou o futuro em aberto e diz que aguarda também definições dentro do PT, partido ao qual se filiou em abril. “Vou estar à disposição do partido”, completa.
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