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Última Hora, diretamente do Barra Point, onde teatros como o Delart, o Cine Teatro e o Provocações encantam o público, tivemos a honra de entrevistar uma figura icônica da cultura brasileira: Anselmo Vasconcelos. Com 50 anos de carreira, Vasconcelos compartilhou suas experiências e reflexões sobre o cenário artístico no Brasil.
Emoção e Reconhecimento
"Obrigado por ceder essa entrevista, Anselmo. Estou emocionado por estar com você, que faz parte da minha vida desde a infância. Parabéns por essa trajetória incrível, você merece todo reconhecimento pelo que representa para a TV, cinema, teatro e para o Brasil," expressou o entrevistador, refletindo a emoção de muitos fãs que acompanham a carreira do ator.
Desafios e Reflexões Sobre a Cultura no Brasil
Vasconcelos destacou a dificuldade de manter uma carreira artística longa em um país que não valoriza a cultura como deveria. "Conseguir ser um artista durante 50 anos em um país que não prestigia a cultura é uma façanha extraordinária," comentou. Ele comparou a situação do Brasil com outros países, como a Coreia do Sul, que tem uma indústria cinematográfica de alta qualidade.
Ele ainda mencionou a importância econômica da indústria cultural, exemplificando com o impacto financeiro dos shows de grandes artistas como Madonna. "O cinema é o terceiro item no PIB dos Estados Unidos. A arte emprega muita gente e desenvolve o país," afirmou, incentivando o público a sair de casa e prestigiar os artistas locais.
Marcos da Carreira na TV e no Teatro
Falando sobre sua carreira na televisão, Vasconcelos lembrou-se da revolução das séries brasileiras. "Participei da transição das telenovelas para as séries. Fizemos Plantão de Polícia, Amizade Colorida, Malu Mulher, Obrigado Doutor, e isso mudou a dramaturgia brasileira," disse.
Ele também relembrou seu trabalho com Ronald Golias, um dos maiores gênios do humor. "Trabalhar com Golias foi extremamente marcante. Ele, junto com sua geração, foi uma influência enorme na minha formação artística," contou, citando também outros ícones como Renata Fronzi e Nair Bello.
O Primeiro Beijo Gay no Cinema Brasileiro
Sobre sua carreira no cinema, Vasconcelos destacou seu papel em "República dos Assassinos" (1979), onde protagonizou o primeiro beijo gay do cinema brasileiro. "Foi feito com extrema verdade, e é um dos beijos mais bonitos do cinema brasileiro," afirmou. Ele revelou que Roberto Carlos, ao ver a cena, compôs uma música especialmente para ela. "Isso mostra a visão artística do Roberto, que não é conservador como muitos pensam," acrescentou.
Legado e Futuro
Anselmo Vasconcelos continua a inspirar e entreter com sua vasta experiência e paixão pela arte. Ele recomendou o filme "República dos Assassinos", disponível gratuitamente no YouTube, e mencionou a revista "Publicar", onde se pode conhecer mais sobre sua trajetória.
"Obrigado, Anselmo, por essa entrevista emocionante. Sua história é uma lição de dedicação e amor pela arte," concluiu o entrevistador, deixando uma mensagem aos leitores: "Saia de casa, prestigie a arte, viva a vida. Ela é curta e passa rápido, como um filme."
Esta entrevista é um tributo ao talento e à perseverança de Anselmo Vasconcelos, um verdadeiro ícone da cultura brasileira.
Por Jéssica Porto e Robson Talber/ Repórter Dj Português
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