Assine nossa newsletter e fique por dentro de tudo que rola na sua região.
A tragédia provocada pelas chuvas na última semana em Petrópolis, Região Serrana do Rio, bateu a triste marca de 180 mortos e se tornou a maior da história da cidade. Segundo a Prefeitura, o maior desastre anterior foi causado por temporais em 1988, quando registrou 171 mortes.
No dia 5 de fevereiro de 1988, há exatos 34 anos, uma chuva torrencial caiu sobre a Cidade Imperial, deixou 171 mortos, mais de quatro mil desabrigados e milhares de feridos. O então prefeito, Paulo Rattes, afirmou à época que era "a maior catástrofe de todos os tempos".
De acordo com registros do Plano de Contigência para Inundações da Defesa Civil de Petrópolis, o temporal foi similar ao deste ano. Na época, barreiras caíram em cerca de 500 ruas, bloqueando o acesso à cidade pela BR-040, em ambos os sentidos.
O primeiro registro de uma grande tempestade na Cidade Imprerial foi, de acordo com a Defesa Civil, em 1966, quando houve 80 óbitos. Além dos anos de 1988 e 2022, o desastre mais forte ocorreu em 1979, com 87 mortes. Na sequência, estão 1966 (80 mortos), 2011 (73 mortos), 2001 (51 mortos) e 2013 (13 mortos).
A agonia é tripla para parte da população de Petrópolis: além de sentir a dor da perda de familiares, muitos ainda não sabem onde estão os corpos e aguardam na fila do Instituto Médico Legal para fornecer dados e só então identificar os cadáveres, muitos encontrados já em estado de decomposição. Nesta segunda-feira (21), a Polícia Civil começou a convocar familiares para coletar amostras de DNA e cruzar os dados com os corpos que forem encontrados.
Para fornecimento de material genético para confronto, é indispensável a realização do registro de ocorrência, que pode ser feito na 106ª DP (Itaipava) e na Sala Lilás. Apenas 30 familias estão sendo agendadas por dia, com a locomoção garantida até Petropolitano Futebol Clube – através de um ônibus disponibilizado pela Polícia Civil.
Até o momento, 180 pessoas morreram em decorrência das chuvas e deslizamentos na cidade imperial. Desse total, o Instituto Médico Legal (IML) identificou 143 vítimas, de acordo com a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA). Outras 104 seguem desaparecidas. (Do Jornal O Dia)
Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!