Após catástrofe Bolsonaro/Guedes, Lula recupera reservas internacionais de U$ 372 bilhões maior nível em 5 anos

Após catástrofe Bolsonaro/Guedes, Lula recupera reservas internacionais de U$ 372 bilhões maior nível em 5 anos

  O Brasil encerrou setembro com US$ 372 bilhões em reservas internacionais, marcando o maior nível desde 2019. O crescimento expressivo em relação aos US$ 355 bilhões registrados em dezembro de 2022 sinalizando a retomada da política de fortalecimento das reservas , marca das gestões do Partido dos Trabalhadores (PT). O objetivo é proteger a economia brasileira frente às oscilações globais, promovendo maior confiança e estabilidade financeira.

Essa recuperação ocorre após um período de baixa durante o governo Bolsonaro/Guedes, quando US$ 65,8 bilhões das reservas foram utilizados, o que alguns especialistas consideraram uma medida imprudente. Para o jornalista Lauro Jardim, de O Globo , Bolsonaro foi o único presidente a não ampliar as reservas internacionais, posição que o atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva tem procurado reverter em seu inédito terceiro mandato.

A gestão atual comemora o retorno à trajetória de alta. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, ressaltou a importância da formação de reservas robustas para enfrentar crises econômicas, lembrando que foi essa política que permitiu ao país atravessar a crise financeira global de 2008.

Os Fatores por Trás da Recuperação

O avanço das reservas em 2024 foi impulsionado por três fatores principais, de acordo com dados do Banco Central: valorização de ativos (US$ 6,7 bilhões), receitas de juros (US$ 6,4 bilhões) e variações cambiais (US$ US$ 3,6 bilhões). Além disso, o Brasil possui a maior parte de suas reservas em títulos do Tesouro dos Estados Unidos, totalizando cerca de US$ 299 bilhões, prática empregada por economias de porte semelhantes.

Essas estratégias diferenciadas posicionaram o Brasil de maneira oposta a nações como a Argentina, que, com reservas mais limitadas e políticas ultraliberais, enfrentam crises cambiais frequentes e dificuldades de atrair investidores. A política econômica brasileira, por sua vez, fortalece a moeda e reforça a presença do país no cenário internacional.

Estratégia e Resiliência

Ainda que o Banco Central disponha das reservas para intervir no mercado cambial, em 2024 houve apenas uma venda significativa de US$ 1,5 bilhão em agosto, em resposta à alta do dólar. Esse controle reflete uma abordagem estratégica de gestão federal, alinhada aos interesses de proteção cambial e estabilidade econômica.

A elevação das reservas é, portanto, mais do que um marco financeiro. É uma demonstração de como o governo atual prioriza a segurança econômica do país. O presidente Lula enfatizou a importância dessa política: “Alguns chamam de sorte, mas é apenas trabalho duro”.

Com um cenário global desafiador à frente, as reservas internacionais são um recurso importante para enfrentar crises econômicas, garantindo um ambiente de resiliência e estabilidade tanto para os cidadãos quanto para os investidores. Em tempos de incertezas, o Brasil se destaca por uma gestão econômica cautelosa e preparada para proteger os interesses nacionais.

 

Fonte: urbsmagna

Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Por Jornal da República em 05/11/2024
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