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De acordo com o Instituto Nacional de Estadística y Censos (Indec), versão argentina do IBGE, a inflação do país se mantém com uma alta de 78,5% em 12 meses. O país enfrenta a terceira maior inflação mundial entre os países relevantes, atrás apenas da Turquia e da Venezuela.
Para combater a alta galopante de preços, que mina os salários e as poupanças dos argentinos, o BCRA, banco central argentino, elevou os juros para 75% ao ano.
No entanto, se engana quem pensa que esse é o único problema do país vizinho. Professores de Economia e de Ciência Política ouvidos pela Forbes Brasil explicam que a Argentina enfrenta duas instabilidades. Uma é a econômica, de longa data e que piorou com a pandemia. A outra é a política.
No poder desde dezembro de 2019, o presidente Alberto Fernández deu posse, em julho deste ano, ao terceiro ministro da Economia desde o início de seu mandato.
40% de argentinos vivem abaixo da linha de pobreza
O resultado? O país, que antes era referência de igualdade socioeconômica na América do Sul, tem atualmente 40% de pessoas abaixo do nível de pobreza. E esse percentual tende a aumentar conforme a inflação avança e corrói o poder de compra do consumidor.
“A inflação gera mais instabilidade política, o que torna mais difícil combater a inflação. Isso forma uma ‘tempestade perfeita’ para a Argentina”, diz Carlos Furlanetti, professor de Economia da FIA Business School. “Se formos analisar o que provocou tudo isso, eu diria que foi a paridade forçada do peso em relação ao dólar”, afirma, citando a medida adotada pelo ex-ministro da economia Domingo Cavallo em 1992.
Para o conceituado canal de notícias Forbes, “Ela só fez aumentar a demanda por moeda forte no país e nunca mais parou, mesmo com sucessivos governos tentando adotar diversas medidas intervencionistas.”
Da Editoria/forbes-money/Imagem: Internet
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