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A ativista Luiza Brunet ministrará uma das principais palestras na II Conferência Nacional de Combate à Violência Doméstica, que acontece nesta sexta (13 de setembro na sede do Museu da Fifa, em Zurich, na Suíça.
Em seu discurso, Luiza, hoje uma das mais reconhecidas ativistas do mundo e a maior do Brasil sobre violência de gênero, antecipa que em seu discurso vai ressaltar o poder transformador do futebol e o "papel crucial dos jogadores na educação dos jovens".
"Eles se espelham em cada ação dos jogadores. Então, eles têm uma responsabilidade muito grande com a disciplina, com o respeito ao outro e com o respeito a mulher. Não podem ser
campeões apenas dentro de campo, mas também dos valores que queremos na
nossa sociedade", alerta. "Não podemos ignorar a violência sexual que tanto afeta as mulheres", acrescenta.
A ativista também destacará a diferença salarial entre mulheres e homens do
futebol; "Temos que valorizar nosso belíssimo futebol feminino, com paridade
econômica". Luiza sempre destaca em suas falas ao redor do mundo que a independência financeira dá a mulher sua independência emocional.
Dados alarmantes
A edição mais recente do Anuário Brasileiro de Segurança Pública apresenta dados alarmantes. As agressões decorrentes de violência doméstica cresceram 9,8% e atingiram 258,9 mil casos. Já as ameaças cresceram 16,5% e foram o tipo de violência mais frequente em números absolutos: 778, 9 mil casos foram registrados em 2023, ante 668,3 mil em 2022.
A maior alta percentual (34,5%) aconteceu com o stalking. Caracterizado por uma perseguição insistente, o crime atingiu 77.083 registros em 2023, contra 57.294 no ano anterior.
A edição do anuário também indica um novo recorde de vulneráveis consumados. Em 2023, o país registrou 83.988 vítimas de estupro, uma alta de 6,5%. A estatística pode ser traduzida em um crime de estupro a cada 6 minutos.
Por: Acessória Marcio Vieira
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