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As manifestações realizadas neste domingo (16) em diversas cidades do Brasil pela anistia dos envolvidos na tentativa de golpe de Estado em 2022 tiveram adesão abaixo do esperado, frustrando as expectativas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O principal ato, ocorrido no Rio de Janeiro e que contou com a presença do ex-mandatário e seus aliados, reuniu cerca de 18,3 mil pessoas, segundo levantamento da Universidade de São Paulo (USP).
Bolsonaro havia projetado a participação de aproximadamente 1 milhão de apoiadores em Copacabana, tratando a manifestação como uma oportunidade crucial para mobilizar sua base contra o risco de prisão. A organização do evento no Rio contou com o suporte de governadores como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Cláudio Castro (PL-RJ) e Jorginho Mello (PL-SC), além de parlamentares aliados. Entretanto, a baixa adesão sinaliza que a pauta da anistia aos golpistas não se consolidou como um tema de apelo popular no país.
Imagens transmitidas pela TV Globo evidenciaram a dispersão do público presente no ato no Rio, sem a ocupação total dos quarteirões e com aglomeração limitada à área próxima ao palco, espalhando-se até a faixa de areia da praia.
Fora da capital fluminense, os atos foram ainda menores. Na Avenida Paulista, tradicional palco de manifestações políticas, cerca de 3 mil pessoas participaram de um protesto sem trio elétrico ou lideranças políticas de destaque. Aliados de Bolsonaro justificaram a baixa adesão alegando que os atos em outros estados teriam sido "desconvocados".
Enquanto isso, a situação jurídica de Bolsonaro se agrava. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para 25 de março a análise da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa o ex-presidente de liderar uma organização criminosa para tentar reverter o resultado das eleições de 2022. Caso seja condenado por todos os crimes apontados na denúncia, Bolsonaro pode enfrentar penas que variam de 12 a mais de 40 anos de prisão.
Fonte: Brasil247
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